Publicado na quarta-feira (28), no site britânico The Independent, que um grupo de estudantes de medicina está em busca de doadores de fezes para a realização de transplante. A ação visa reunir doadores, que por sua vez recebem do banco R$ 100 (US$ 40) por amostra doada. A realização do procedimento beneficia pacientes para o tratamento de colite pseudomembranosa, causadora de diarreias agudas e crônicas.
De acordo com Arnaldo Ganc, membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), antes de serem introduzidas no paciente, as fezes (de doadores com sorologia negativa para hepatites e Aids) passam por exames parasitológicos, sendo então homogeneizadas e centrifugadas em soro fisiológico.
"Injetadas no jejuno, porção do intestino delgado compreendida entre o duodeno e o íleo, recompõem a flora intestinal pela riqueza de bactérias. A diarreia costuma ceder em 80% das vezes logo na primeira infusão", conta Ganc, que já realizou o tratamento em pacientes.
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Novo no Brasil, o transplante de fezes é a única saída para a cura de pacientes que sofrem de colite pseudomembranosa, causadora de diarréias agudas ou crônicas, quando os tratamentos clássicos (metronidazol e vancomicina) falham. Esta doença é bastante frequente e pode provocar quadros graves de toxemia e desidratação, levando, eventualmente, à morte.
A SOBED possui porta-vozes disponíveis para esclarecimentos sobre o assunto.
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