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Viagens longas podem aumentar os riscos de trombose

Redação Bonde com assessoria de imprensa
06 mar 2013 às 15:11

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- Divulgação
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Longas viagens de avião, de ônibus ou carro podem aumentar o risco de Trombose Venosa (TVP), terceira doença cardiovascular mais frequente no mundo, depois dos problemas de coração e derrame (AVC). Como a trombose pode ser completamente assintomática, o paciente pode demorar a perceber. "

Uma de suas mais graves consequências é a embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo se solta e acaba se instalando em um ramo da artéria pulmonar, causando uma limitação da capacidade dos pulmões em oxigenar o sangue, tornando a pessoa incapacitada para realizar determinadas atividades sociais e de trabalho ou mesmo levar à morte", destaca Luiz Marcelo Viarengo, médico angiologista e cirurgião vascular.

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Em outros casos, o paciente pode sentir dor, inchaço e aumento da temperatura nas pernas, coloração arroxeada e até endurecimento da pele. Segundo o especialista, o sangue só se mantém em sua forma fluída se os vasos sanguíneos possuírem um revestimento interno chamado endotélio de forma absolutamente íntegra, se estiverem continuamente circulando e se determinados elementos celulares que constituem o sangue estiverem normais. "A ausência de qualquer um destes fatores pode, por si só, provocar a trombose venosa, que é a formação de coágulos no interior das veias."

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Esta doença, que leva a aproximadamente 600.000 internações hospitalares por ano, tem como elemento central a estase venosa (diminuição da velocidade da circulação). De acordo com Viarengo, geralmente, são nas veias da panturrilha que este processo se inicia. "Uma vez formado o trombo, ele
tende a se propagar, servindo como estímulo para desencadear o processo de coagulação levando a formação de uma "rolha de coágulo" dentro da veia. Desta forma, todo o sangue abaixo dela não tem para onde ir e deixa de circular. O coágulo continua progredindo até que encontre um ramo venoso cujo fluxo sanguíneo seja capaz de interromper esta progressão", detalha.

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O especialista ainda explica que na fase aguda da formação destes coágulos, o aspecto do sangue é como de uma "gelatina" muito frouxamente presa na parede da veia e, às vezes, apresenta uma cauda que fica flutuando dentro do vaso. Quando estes coágulos se desprendem, por alguma razão, ganham a circulação sanguínea e seguem até o coração, logo depois causando um entupimento das artérias pulmonares que distribuem o sangue para os pulmões para serem oxigenados. "Dependendo do tamanho e da quantidade de coágulos, a obstrução destas artérias pode ser fatal. O deslocamento do coágulo do local onde se formou até os pulmões chamamos de Embolia Pulmonar", completa o cirurgião vascular.


Recomendações do especialista

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· Evitar sedativos e bebidas alcoólicas, recursos utilizados por algumas pessoas para relaxar, o que aumenta o tempo de imobilidade e o risco de TVP.


· Ingerir bastante líquido e manter-se hidratado durante toda a viagem. A desidratação é um fator de risco adicional para a trombose venosa, sobretudo quando associado à imobilidade.

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· Movimentar-se. Mesmo em espaços restritos é possível exercitar-se, por exemplo, elevando as pontas dos pés enquanto mantém os calcanhares apoiados no chão e depois, elevando os calcanhares enquanto mantém as pontas dos pés apoiados, em movimentos repetidos e sucessivos. Esta movimentação contrai vigorosamente a musculatura da panturrilha fazendo com que o sangue seja impulsionado de volta para o coração.


· Sempre que possível, levante-se de seu lugar e ande um pouco, movimente as pernas. Se estiver viajando de carro, faça uma parada a cada duas horas e ande por alguns minutos.

· Meias elásticas medicinais também são muito úteis para prevenir a trombose venosa em viagens longas, porém devem ser prescritas por um médico especialista.


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