O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), em Atlanta, está investigando uma doença que tira a mobilidade de uma ou várias extremidades do corpo.
Os primeiros casos começaram em agosto de 2014, exames de ressonância magnética indicam uma inflamação na massa cinzenta do cérebro. Porém, pouco se sabe da doença chamada "Mielite Flácida Aguda", que pode ter relação com um surto de enterovírus registrado no país.
Sintomas
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É uma doença neurológica que causa debilidade nas extremidades do corpo e, nos casos mais graves, paralisia. Foram registrados 12 casos que ocorreram em agosto de 2014, no Hospital Infantil Colorado em Aurora, no Estado americano do Colorado. A partir daí foram 111 casos relatados em 34 Estados americanos.
"De repente começaram a chegar ao hospital crianças com sintomas pouco usuais. Tinham debilidade muscular, perda da mobilidade das extremidades e rigidez no pescoço", disse o médico Kevin Messacar, que trabalha no hospital.
A maior parte dos pacientes também apresentava febre e problemas respiratórios antes da aparição dos sintomas neurológicos.
Causas
As causas específicas da mielite flácida aguda ainda estão sendo investigadas.
Mas, os casos desta doença são parecidos com doenças causadas por vírus como o enterovírus (entre eles, o causador da poliomielite), adenovírus, vírus do Nilo ocidental e o vírus da herpes.
"O que temos são provas circunstanciais.
Não identificamos o próprio enterovírus EV-D68 na medula espinhal das crianças afetadas por esta mielite. Se encontrássemos algo assim, nos daria uma base mais sólida para estabelecer uma conexão entre as duas doenças", disse Sejvar.
Uma equipe do Hospital Colorado estudou os 12 casos de paralisia que chegaram ao centro entre agosto e outubro de 2014. Segundo a investigação citada pela revista especializada The Lancet, as amostras nasais de oito das 12 crianças afetadas tinham o enterovírus e cinco delas tinham o EV-D68.
Tratamento
No momento, e devido à incerteza que cerca esta doença, não há tratamento específico.
"Não conhecemos uma terapia eficaz para tratar a doença", disse Kevin Messacar, do Hospital Colorado.
"Até agora foi aplicada a terapia de reabilitação para que as crianças possam recuperar o máximo de mobilidade", acrescentou.
James Sejvar, do CDC, afirma que a fisioterapia é a única forma de tratamento, mas acrescenta que os pacientes demonstraram pouco progresso na recuperação.
(Com informações BBC)