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Pesquisa brasileira

Atividade física na gravidez beneficia gestantes

Agência USP de Notícias
09 mai 2014 às 09:55

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- Divulgação
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Fazer exercícios físicos durante a gravidez traz benefícios para a gestante, já que retarda o ganho de massa gordurosa, como mostra a pesquisa de mestrado da nutricionista Carolina Harumi Kurashima, na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP.

Ela também descobriu que, dependendo do estado físico inicial da mãe, a alteração na sua composição corporal é diferente. Em relação aos bebês, eles nascem com maior peso quanto maior a quantidade de água corporal e o aumento de massa livre de gordura na gestação.

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"O fato mais surpreendente foi a atividade física mostrar-se significativa nos resultados", afirma Carolina, que constatou que, para grávidas, exercitar-se significa prevenir o aumento excessivo de peso que pode ocorrer durante a gestação. Exercícios também estão relacionados a um crescimento mais lento de massa gordurosa e da retenção de líquidos. Quanto maior o Índice de Massa Corporal (IMC) que a gestante tinha antes de engravidar, menos quilos é recomendável que ela ganhe nos 9 meses de gravidez, de acordo com o Institute of Medicine (IOM), da americana National Academy of Sciences.

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Bebês com maior peso

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Em uma gravidez, a composição corporal, constituída de indicadores como quantidade de massa gordurosa, massa livre de gordura, água e músculos, muda, pois o corpo se adapta ao crescimento do bebê. Em relação a estes fatores, o estudo comprovou que a tendência foi a mesma do ganho geral de peso. "As gestantes obesas possuem maior quantidade de massa gordurosa em todos os meses de gestação, mas o ganho de tecido adiposo é menor quando comparadas às gestantes com peso adequado", explica a nutricionista.


Quando o assunto é o bebê, a composição corporal da mãe também tem influência. De acordo com a pesquisa, o peso ao nascer da criança é maior quanto mais a gestante ganha massa livre de gordura e água no corpo.

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Em sua graduação na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, a nutricionista participou de um projeto de pesquisa que estudava o efeito da atividade física e da alimentação em mulheres desde o início da gestação até um ano após o parto. Nesta pesquisa, o enfoque de Carolina foi dado ao período pós-parto. Logo após se formar, ela ingressou no mestrado para estudar os mesmos fatores em grávidas.


Para isto, ela utilizou dados do projeto de pesquisa "Eficiência de indicadores antropométricos maternos na predição do baixo peso ao nascer", coletados de 1997 a 1998 em um hospital da cidade de São Paulo. Realizado na FSP, o estudo acompanhou 152 mulheres desde o primeiro trimestre de sua gestação, realizando exames de bioimpedância e questionários sobre atividade física. Por intermédio do exame de bioimpedância pode-se avaliar a quantidade de massa gordurosa, massa livre de gordura e água no corpo, ou seja, a composição corporal. Este exame é feito por um aparelho que consegue essas medidas em poucos minutos, mensurando a resistência e a reactância dos tecidos do corpo.

Com orientação da professora Monica Yuri Takito, a nutricionista concluiu seu mestrado intitulado "Alterações da composição corporal durante a gestação e sua associação com peso ao nascer" em abril de 2014.


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