Uma moradora da cidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, contraiu a dengue tipo 4. É o primeiro caso de circulação desse tipo de vírus no estado de São Paulo, mas a paciente já está curada. A informação foi divulgada nesta segunda (4), por meio de nota, pela Secretaria de Estado da Saúde. No comunicado, o órgão destaca que "a paciente não tinha histórico de viagem recente a outros estados".
Exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram a doença. Até esse caso, havia o registro de transmissão do vírus tipo 1, 2 e 3. "Os pacientes infectados uma vez pelo vírus 1,2 e 3 ficam imunes a eles, mas não aos demais [tipo 4]", alerta a nota.
A dengue tipo 4 tem os mesmos sintomas das versões, como febre alta, dores de cabeça, musculares e nas articulações, cansaço, indisposição, enjoos, vômitos e manchas vermelhas na pele, acompanhadas ou não de dores abdominais e sangramentos espontâneos. As autoridades advertem que, ao apresentar esses sintomas, os pacientes devem se hidratar, não tomar remédios por conta própria e procurar, imediatamente, orientação médica em uma unidade básica de saúde.
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Por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), a secretaria está enviando comunicados de alerta sobre a possibilidade de um avanço desse tipo de vírus. O surgimento da doença não alterou a rotina dos trabalhos de combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, nem da conduta clínica de atendimento nos serviços de saúde.
Hoje teve início a Semana Estadual de Combate à Dengue, com a mobilização de cerca de 25 mil agentes. Eles irão desenvolver várias atividades para conscientizar a população sobre a necessidade de se eliminar os criadouros do mosquito. Além disso, serão vistoriadas casas e escolas.
Serão distribuídos 500 mil folhetos em praças de pedágios de rodovias estaduais. Mais 20 mil cartazes sobre a campanha foram distribuídos aos municípios.
Paralelamente, desde o último dia 30, começaram a ser enviadas mensagens por meio de celulares, que devem somar 1 milhão de torpedos. Essas mensagens visam, principalmente, a alertar moradores a regiões onde ocorreram maior número de casos como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Baixada Santista.
Os dados sobre a incidência no estado indicam uma queda no primeiro trimestre, quando 10,3 mil pessoas contraíram a doença, ante 108,2 mil, em igual período do ano passado – uma redução de 94%. Do total de pacientes, seis morreram, sendo dois casos de pessoas que contraíram o vírus fora do estado. Nos demais casos, as vítimas moravam em Taubaté, Andradina e Ribeirão Preto.