Cientistas afirmam ter conseguido transformar, em laboratório, células da própria pele de pacientes em tecido de coração.
Em última análise, eles esperam que células-tronco possam ser utilizados para tratar pacientes com insuficiência cardíaca.
Como as células transplantadas são do paciente, o problema da rejeição de tecidos seria evitado, disseram os cientistas ao European Heart Journal.
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Os primeiros testes em animais mostraram-se promissores, mas o tratamento ainda está a anos de ser usado em pessoas.
Especialistas têm usado cada vez mais células-tronco para tratar uma variedade de problemas cardíacos e outras condições como a diabetes, doença de Parkinson ou Mal de Alzheimer.
As células-tronco são importantes porque têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células, e os cientistas estão trabalhando para levá-las a reparar ou regenerar órgãos danificados ou tecidos.
'Nova e emocionante'
No mais recente estudo, uma equipe de Israel usou células da pele de dois homens com insuficiência cardíaca e as misturou, em laboratório, a um coquetel de genes e produtos químicos.
Causas da insuficiência cardíaca
1. Ataque cardíaco
2. Pressão alta
3. Problemas com as válvulas de seu coração
4. Cardiomiopatias - doenças do músculo cardíaco
5. Muito álcool
6. Condições congênitas - aqueles que você nasce com
Fonte: Fundação Britânica do Coração
As células-tronco que eles criaram eram idênticas às células musculares saudáveis do coração. Quando estas células foram transplantadas para um rato, eles começaram a fazer ligações com o tecido do coração no entorno.
O professor pesquisador Lior Gepstein, disse: "O que é novo e instigante nessa pesquisa é que mostramos que é possível retirar células da pele de um paciente idoso com insuficiência cardíaca avançada e chegar a uma amostra de laboratório de células saudáveis e jovens - em estágio equivalente ao das células do coração quando o paciente nasceu".
Os pesquisadores dizem que mais estudos são necessários antes que possam começar os testes em seres humanos.
Dr. Mike Knapton, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Esta é uma área muito promissora de estudo. No entanto, ainda temos um caminho a percorrer antes que essas descobertas possam ser aplicadas."