Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Saúde em risco

Hospitais de Londrina podem fechar atendimento para o SUS

Marian Trigueiros - Folha de Londrina
22 out 2009 às 14:31

Compartilhar notícia

O movimento pela paralisação envolve o Hospital Evangélico, a Santa Casa e o Hospital do Câncer - Arquivo Folha de Londrina
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A qualquer momento a população londrinense pode ficar sem atendimento nos Prontos-Socorros (PS). Isso porque, desde junho deste ano, hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) não estão recebendo o pagamento dos incentivos dos plantonistas especialistas e valores referentes às Autorizações de Internação Hospitalar (AIH's). Além disso, os atendimentos a mais que são feitos também não estariam sendo remunerados.

Com isso, a Irmandade Santa Casa (Iscal), o Instituto do Câncer, o Hospital Evangélico e o Hospital Universitário (HU) podem suspender os atendimentos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Segundo o diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Londrina e vice-presidente da Associação Médica de Londrina (AML), Álvaro Luiz de Oliveira, o acordo dos incentivos existe há pouco mais de dois anos. ''Os especialistas da emergência recebiam R$ 6,34 por atendimento; isso era inviável. Com o acordo feito junto à Secretaria Municipal de Saúde, eles passaram a receber um incentivo de pagamento. Isso estava sendo feito regularmente, mas estamos caminhando para o quarto mês sem recebimento e sem perspectiva de solução. Os médicos estão trabalhando de graça.''

Leia mais:

Imagem de destaque
Confira

Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Dezembro Vermelho

Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina

Imagem de destaque
Porecatu

Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná

Imagem de destaque
Dados do Ministério da Saúde

95% das pessoas diagnosticadas com HIV no Brasil não transmitem a doença


O diretor diz que a Prefeitura alega o não pagamento dos incentivos em função do Ministério da Saúde julgar que a origem do dinheiro não é legal.

Publicidade


Com relação às AIH's, de acordo com Oliveira, há duas situações: ''O Ministério da Saúde está mandando essa verba, mas com quatro meses em atraso. O município não repassa, alegando que há um déficit orçamentário. Por isso, nem hospitais nem médicos estão recebendo. As unidades estão arcando com os custos e recorrendo a bancos para fazer financiamentos.''


Outro problema é o não aceite da produção que é feita a mais no contrato. ''O hospital é autorizado a atender uma quantidade 'X' de pacientes do SUS, mas a demanda é bem maior. O que é atendido a mais, a Secretaria Municipal de Saúde não aceita. E isso é ruim para a cidade, pois quando o município vai ao Ministério pedir mais recursos, o órgão diz que está tudo certo, que todos os atendimentos foram pagos. Sequer há cobrança desses atendimentos'', argumenta o diretor.

Publicidade


Diante da situação, médicos poderão deixar seus postos de trabalho. ''Não se trata de uma greve, eles estão deixando o trabalho porque não recebem. O que vai acontecer? Londrina vai ficar sem atendimento no Pronto-Socorro para o SUS.''


Somente com a AIH's não aceitas, cada hospital está com um atraso de mais de R$ 2 milhões. ''Isso significa que há uma distorção. Não são apenas os R$ 16 milhões apresentados na última prestação de contas, mas muito mais. Além disso, o atraso dos incentivos está em torno de R$ 2,8 milhões com o vencimento desse mês.''


Anteontem, em reunião do Conselho Municipal de Saúde, diretores de hospitais e lideranças da categoria apresentaram a situação. A prestação de contas que deveria ter sido aprovada foi marcada para hoje, em caráter extraordinário, e deve contar com a presença do prefeito Barbosa Neto e do promotor da Saúde, Paulo Tavares.

O secretário municipal de saúde, Agajan Der Bedrossian, por meio da assessoria, pontuou que o assunto ainda está sendo debatido. Só após essa avaliação é que a Secretaria deverá se posicionar se acata ou não as reivindicações.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo