O Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria Municipal de Vigilância em Saúde, certificou a cidade de Londrina pelo desempenho no trabalho de controle da tuberculose. Durante entrevista coletiva semanal, hoje (8), o prefeito Barbosa Neto entregou o certificado nas mãos de três servidores, Rodrigo Rosseto Avanso, da Diretoria de Atenção Primária em Saúde; Lucia Helena de Lima, da Gerência de Vigilância Epidemiológica; e, Waldir Canezin, 46 anos de atenção à doença, do Ambulatório de Tuberculose.
Os certificados de reconhecimento correspondem aos anos de 2010 e 2011, nos seguintes indicadores: "Proporção nos casos de retratamento em pessoas que realizaram cultura de escarro", "Proporção de casos novos de tuberculose com encerramento informado" e "Proporção de casos novos de tuberculose testados para HIV". Nos três, de cinco indicadores estabelecidos, Londrina atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde com 60%, 95% e 60%, respectivamente.
No quesito "Proporção nos casos de retratamento em pessoas que realizaram cultura de escarro", o indicador avalia a qualidade da assistência prestada aos pacientes. Na "Proporção de casos novos de tuberculose com encerramento informado", é comunicado ao MS o número de casos de tratamento com cura da doença, além de uma avaliação na qualidade do sistema de informação, em casos tratados e encerrados. E, ainda, na "Proporção de casos novos de tuberculose testados para HIV", também foi avaliada a assistência, mas, com uma visão ampliada, ou seja, quando além da tuberculose, são investigadas no paciente outras co-infecções, como a presença do HIV.
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O prefeito Barbosa Neto valorizou o trabalho da Secretaria de Saúde, em especial, o Programa Municipal de DST/Aids, Hepatites e Tuberculose, responsável pelos índices. "A cidade alcançou três de cinco indicadores estabelecidos, sem contar que temos a segunda melhor Saúde do Estado, os protocolos de combate à dengue reconhecido pelo Ministério, além de uma série de outras ações, que comprovam o bom andamento da Saúde em Londrina", afirmou.
Para o secretário municipal de Saúde, Edson Antonio Souza, a certificação é resultado de um trabalho integrado no município. "Temos implantado instrumentos próprios de avaliação dentro do município. O índice não é surpresa para nós. Os certificados são bastante valorizados por nós, porque reconhece um trabalho desenvolvido por todos os setores da Prefeitura", disse. "Muitos dizem que sou otimista em relação à Saúde de Londrina. No entanto, após os resultados, não significa ser otimista e, sim, realista", acrescentou Souza.
De acordo com a gerente do Programa no Município, Regina Cortez, o Brasil é responsável por 50% dos casos de tuberculose nas Américas. Os municípios que apresentam maior índice são chamados prioritários. "No Paraná, há 13 municípios considerados prioritários e Londrina está incluída nessa classificação. Por conta disso, o Ministério da Saúde estabelece metas e indicadores a serem alcançados, que mostram estarmos no caminho certo", ressaltou.
O Programa Municipal de DST/Aids, Hepatites e Tuberculose desenvolve e intensifica outras ações de combate à doença. Entre elas, está incluído levar os profissionais da Saúde a realizar investigação específica nos pacientes, visando à detecção da tuberculose; integração de políticas públicas envolvendo as Secretarias de Saúde, Assistência Social e Educação; e, ainda, o acompanhamento e garantia de medicação e exames de controle.
Tuberculose
Já considerada o "mal do século", a tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou, o bacilo de Koch, em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Outras espécies de microbactérias, como as Mycobacterium bovis, M. africanum e M. microti também podem causar a doença que afeta, principalmente, os pulmões.
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa via gotículas de saliva contendo o agente infeccioso. O maior risco de transmissão ocorre em ambientes fechados e com pouca ventilação. Grandes personalidades da história brasileira e mundial foram vítimas da doença, como Noel Rosa, Castro Alves, Frédéric Chopin e outros.