Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Lave as mãos!

Medidas de prevenção são formas eficazes de conter o coronavírus, diz especialista da UEL

Agência UEL com Redação Bonde
23 mar 2020 às 11:21
- Agência UEL
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Apesar de já existirem estudos para a elaboração de uma vacina contra o coronavírus em andamento nos Estados Unidos e na China, a forma mais eficaz de conter o avanço da pandemia, por enquanto, está nas medidas de prevenção. No Brasil, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) também estão trabalhando para o desenvolvimento de vacina para o SARS-CoV-2. No entanto, até que ela seja disponibilizada para a população, pode levar meses.

O alerta é da professora Ligia Carla Faccin Galhardi, coordenadora do Laboratório de Virologia da UEL (Universidade Estadual de Londrina): "Alguns medicamentos também foram testados em pacientes infectados na China, porém, apenas de forma experimental. No entanto, até o momento, as medidas de prevenção recomendadas são as únicas formas disponíveis para conter a infecção".

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Conforme a professora e pesquisadora, os vírus são agentes intracelulares obrigatórios, ou seja, necessitam da maquinaria celular para a sua replicação. No caso dos vírus respiratórios - como o coronavírus - a porta de entrada principal no hospedeiro são as mucosas da cavidade oral, onde se multiplicam e são excretados, podendo ser transmitidos a novos hospedeiros pelo contato com essas secreções. "Dessa forma, a transmissão respiratória é uma forma muito eficiente na disseminação dos vírus e, por isso, é importante seguir as recomendações como lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações", salienta.

Leia mais:

Imagem de destaque
Análise

Explosão de dengue no Brasil tem relação com desmatamento e mudanças climáticas, diz Fiocruz

Imagem de destaque
Alerta

Brasil tem média de 30 mortes por Covid diárias em 2024

Imagem de destaque
Tratamento

Entenda o que é a embolização, procedimento pelo qual Faustão passou após transplante de rim

Imagem de destaque
Recorde negativo

Com mais de 1,68 milhão de casos de dengue, Brasil supera números de 2023


Galhardi lembra que as pessoas convivem com vírus o tempo todo, mas que alguns agentes têm potencial para causar infecção em massa, o que pode acontecer por diversos fatores. "Alguns vírus podem sofrer mutações genéticas durante a replicação nas células do hospedeiro, o que leva ao surgimento de novas variedades virais ou até mesmo de novos vírus. Como as pessoas nunca entraram em contato com estes vírus, estão mais suscetíveis à infecção". Um exemplo clássico é o vírus Influenza, que causa a gripe. As mutações são bastante frequentes e isso gera a necessidade da produção de novas vacinas.


O material mais adequado para destruir os vírus, de forma geral, são detergentes, solventes e exposição ao calor e à radiação, como explica a professora. O que pode variar, de um vírus para o outro, é o tempo necessário para que ele seja inativado. Por isso, Galhardi lembra que lavar as mãos com água e sabão ainda é a maneira mais eficaz na eliminação dos vírus, incluindo o coronavírus. Na falta de sabão, pode-se utilizar o álcool 70%.

A pesquisadora enfatiza que a população precisa seguir as regras recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para evitar a disseminação viral. Entre as medidas estão: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool 70%; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ou com o cotovelo flexionado ao tossir ou espirrar; se cobrir com as mãos, lave-as imediatamente para não contaminar objetos ou pessoas; o lenço também deve ser descartado imediatamente em uma lixeira; evite tocar nos olhos, nariz e boca e evite locais aglomerados.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade