As companhias de telefonia celular refutam o temor de que aparelhos celulares possam causar câncer cerebral, risco admitido na terça-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com nota distribuída pelo Sindicato Nacional de Empresas de Telefonia e Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), as prestadoras de serviços de telefonia móvel "seguem rigorosamente os níveis de emissão de campos eletromagnéticos de radiofrequência apontados como seguros pela Comissão Internacional de Proteção Contra a Radiação Não Ionizante (ICNIRP)". Conforme o comunicado, o celular foi incluído pela OMS em uma categoria onde se encontram o café, vegetais em picles e talco para higiene corporal.
A classificação da OMS - baseada em análise feita pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC) - vai de "carcinogênico para humanos" a "provavelmente não carcinogênico para humanos". O celular foi faz parte agora da categoria "possivelmente carcinogênicos".
"Essa categoria é utilizada quando existe uma evidência limitada de potencial para causar câncer em seres humanos", afirma o comunicado das telefônicas. Segundo as empresas, a nova posição a respeito dos aparelhos considera apenas o potencial que um agente tem de levar ao câncer "e não a probabilidade de que isso ocorra". Além disso, alegam que é necessário considerar os níveis diários de exposição humana para apontar os riscos de ocorrência da doença.
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As empresas afirmam que a questão vem sendo estudada por pesquisadores dos efeitos sobre a saúde decorrentes da exposição às radiofrequências emitidas por aparelhos sem fio. "O setor de telecomunicações no Brasil acompanha de perto a preocupação social em torno do uso dos telefones celulares, bem como as pesquisas que são realizadas no mundo a respeito do tema", diz a nota.
O Sinditelebrasil reúne todas as empresas de telefonia fixa e móvel que operam no País. A entidade está em funcionamento desde setembro de 2003.