O paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) vai poder escolher, entre a alopatia e a homeopatia, o tratamento terapêutico que deseja ter nos postos de saúde da rede pública. Segundo revelou a diretora do Departamento de Atenção Básica à Saúde do Ministério da Saúde, Claunara Mendonça, "as práticas integrativas e complementares, como a homeopatia e a acupuntura, são parte de uma política nacional".
Essa política será debatida durante evento internacional que o ministério promoverá em maio, com a participação de especialistas do setor da Organização Mundial da Saúde (OMS). Claunara Mendonça enfatizou que a Portaria 154, publicada pelo Ministério da Saúde em janeiro, reforça a possibilidade de introdução da homeopatia na rede do SUS ao criar os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Esses núcleos reunirão profissionais de várias áreas para trabalhar em conjunto com as equipes do programa Saúde da Família. "Com certeza, o Nasf traz essa possibilidade".
Ao abrir o programa Saúde da Família, antes reservado aos médicos da família, ou médicos generalistas que desempenham várias atividades, o Ministério da Saúde passou a incluir outras especialidades médicas básicas, como ginecologia, pediatria, homeopatia e acupuntura.
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Essa é a opinião do fundador da organização não-governamental Homeopatia Ação pelo Semelhante (HAPS), Hylton Luz. Ele afirmou que a homeopatia ainda não está sendo efetivada nesse campo, porque os Nasf ainda não foram implementados. "Mas é uma opção muito importante", declarou.
A ONG, através da campanha Homeopatia Direito de Todos, colhe assinaturas no país para um abaixo-assinado que será encaminhado ao ministério, reivindicando que a homeopatia faça parte do SUS. No próximo dia 27, Hylton Luz irá ao Conselho Nacional de Saúde para defender que o abaixo-assinado sirva como um instrumento de registro de demanda.