O governo da Venezuela proibiu, nesta quarta-feira (10) a venda do refrigerante Coca-Cola Zero no país e ordenou que a multinacional Coca-Cola retire o produto de circulação, alegando que o refrigerante seria prejudicial à saúde.
Sem apresentar detalhes, o ministro da Saúde, Jesús Mantilla, afirmou que o refrigerante possui componentes na fórmula que supostamente seriam prejudiciais ao organismo.
"O produto deve sair de circulação para preservar a saúde dos venezuelanos", afirmou Mantilla.
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A medida foi tomada depois de uma inspeção realizada na filial da empresa Coca-Cola Femsa na Venezuela, que é a segunda maior engarrafadora da Coca-Cola no mundo, de acordo com informações disponíveis na página eletrônica da empresa.
O ministro da Saúde ordenou à Coca-Cola que suspenda as vendas do refrigerante e recolha todos os produtos que já estão nos estabelecimentos comerciais.
Por meio de um comunicado divulgado na noite desta quarta-feira, a Coca-Cola Femsa da Venezuela declarou que a Coca-Cola Zero "não contém nenhum componente que possa ser prejudicial à saúde das pessoas".
Empresa também afirmou que, enquanto o governo conclui o processo administrativo, suspenderá a produção do refrigerante e retirará o produto de toda a rede de vendas da Venezuela.
Enfrentamentos
Essa não é a primeira vez que o governo venezuelano enfrenta a Coca-Cola.
Em março, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu que a empresa saísse de um terreno no oeste da capital, Caracas, para que o governo pudesse construir casas populares na área.
A empresa também foi alvo de uma extensa greve no ano passado, que resultou em perdas milionárias para a Coca-Cola.
Os empregados chegaram a tomar algumas sucursais da empresa, exigindo o pagamento de dívidas trabalhistas atrasadas, entre outras reivindicações.