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Operação internacional

PF prende quadrilha que vendia remédios pela internet

Agência Estado
19 out 2010 às 18:32

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- Reprodução
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A Polícia Federal (PF) prendeu hoje cinco suspeitos em flagrante e desarticulou uma rede de comércio ilegal de medicamentos via internet em sete Estados. Realizada em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Operação Panaceia apreendeu 15 mil comprimidos de produtos abortivos, antidepressivos, inibidores de apetite, anabolizantes, remédios caseiros e até sem fórmula, durante as buscas realizadas em 61 canais de venda, 54 em território nacional e sete no exterior, abertos por brasileiros.

A ação foi realizada simultaneamente em 45 países associados à Interpol (a polícia internacional). Os produtos eram vendidos sem receita médica por meio da internet e, em 37% dos casos, sequer eram entregues, configurando estelionato. Na carga apreendida, foram encontrados medicamentos com quantidade do princípio ativo bastante alterada. "Além do risco à saúde, a população também é vítima de estelionato nesse tipo de negócio", disse o delegado Elmer Coelho, coordenador da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos.

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As prisões foram efetuadas em Minas Gerais (2), São Paulo, Maranhão e Santa Catarina, mas as buscas alcançaram outros três Estados - Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Outras 16 pessoas foram indiciadas por crime de falsificação e venda ilegal de remédios, contrabando e descaminho. A pena para esse tipo de delito, enquadrado na lei dos crimes hediondos, é de até dez anos de detenção, além de multa.

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Segundo o delegado, essa é a terceira grande operação realizada no País desde 2007 contra o comércio ilegal de medicamentos pela internet, um dos crimes que mais cresceram nos últimos anos. A primeira, batizada de Placebo, desarticulou mais de 30 pontos de venda.

Como nos casos anteriores, os produtos apreendidos na Operação Panaceia eram vendidos por meio de sites, anúncios classificados de jornais e redes sociais. Os compradores são pessoas físicas que, segundo Coelho, sabiam da origem ilegal do negócio e também correm risco de processo.


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