O Instituto de Criminalística (IC) realiza na manhã desta quarta-feira a reconstituição da morte de três pacientes que fizeram exames de ressonância magnética no Hospital Vera Cruz, em Campinas (SP). Cerca de 30 pessoas acompanham os procedimentos simulados por médicos, enfermeiros e técnicos em radiologia, que estavam na unidade no dia 28, quando os dois homens e uma mulher tiveram parada cardiorrespiratória, logo após o procedimento.
A Polícia Civil investiga a causa das mortes. A principal suspeita é de que uma substância química foi injetada nesses pacientes no contraste aplicado durante o procedimento, para melhorar a imagem e o diagnóstico do exame. Para a polícia, as chances de falha humana devem ser consideradas, bem como ato intencional, caracterizando crime com intenção de matar.
Uma superdosagem do produto ou uma morte provocada por algum organismo microbiológico, como bactéria, são praticamente descartadas. O diretor do IC em Campinas, Nelson da Silva, disse que todas as versões apresentadas serão simuladas durante o dia de hoje, com acompanhamento da equipe do delegado José Carlos Fernandes, que apura o caso.
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As vítimas tinham entre 25 e 39 anos, não tinham problemas de saúde e fizeram uma ressonância do crânio. Apesar da reconstituição, apenas os exames laboratoriais e necroscópicos do Instituto Adolfo Lutz e do Instituto Médico Legal poderão apontar a causa das mortes. Uma primeira simulação dos fatos já havia sido feita informalmente na semana passada.