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Produtos cirúrgicos são muito caros no Brasil

Redação Bonde
21 nov 2010 às 11:41

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O preço dos equipamentos usados em diversas cirurgias é extremamente mais elevado no Brasil do que em países ricos, segundo um levantamento realizado recentemente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Uma prótese de joelho, por exemplo, tem preço médio no Brasil de R$ 26.012,67, enquanto o valor na Itália, já convertido para a moeda brasileira, custa o equivalente a R$ 9.073,02 e na Alemanha, R$ 8.646,42. O período de observação dos preços, para a pesquisa, foi de outubro de 2008 a setembro de 2009.

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No caso de implante de coluna (prótese de disco), o valor médio no mercado brasileiro foi de R$ 74.804,04, contra R$ 4.528,17 na Alemanha e o equivalente a R$ 3.702,66 no Reino Unido. Já um marcapasso, que custa em média R$ 13.770 no Brasil, tem preço de R$ 3.455,71 em Portugal e de R$ 6.340,55 na França.

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O chefe do Nurem (Núcleo de Assessoramento Econômico em Regulação) da Anvisa, Pedro Bernardo, afirma que não há uma explicação de caráter econômico que explique a grande diferença de preços. Porém, a falta de transparência nas informações no setor proporciona a possibilidade de cobrar preços distintos.

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"Nos mercados comuns, em que o comprador e o pagador conhecem muito bem o produto e os preços praticados, o consumidor paga um preço que considera o 'preço normal'", disse Bernardo. "Já num mercado em que o pagador tem uma dificuldade muito grande de obter informações, como este, é comum que os preços praticados se distanciem muito do preço normal, pois não se sabe a diferença entre o cobrado aqui e os valores praticados nos países de origem dos equipamentos", acrescentou.


Impacto no valor dos planos


Bernardo explica ainda que o estudo mostra os preços pagos principalmente pelos planos de saúde, porém, há, sim, um impacto ao consumidor final. "São os planos de saúde que pagam os prestadores e fornecedores. É obvio que, indiretamente, quem contrata um plano vai pagar isso, porque faz parte de um custo da empresa, que será repassado às mensalidades dos usuários", declarou.

O especialista salienta a importância do estudo da Anvisa no sentido de levar mais transparência aos mercado. "Quando cresce a divulgação dessas diferenças, toda a sociedade começa a questionar os motivos por que os preços no Brasil são tão mais altos que os de lá fora", finalizou. (Fonte: InfoMoney)


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