Quem passar pelo Shopping Royal Plaza, no centro de Londrina, até esta quarta-feira, dia 30, pode conhecer um pouco da experiência de quem já viveu um dos lados da doação de órgãos - o de quem doou e o de quem foi salvo pela doação.
Organizada pela Irmandade da Santa Casa de Londrina (Iscal) em comemoração ao Dia do Doador de Órgãos (27 de setembro), a exposição traz 12 fotos depoimentos, e dois audiovisuais, envolvendo 23 pessoas, entre transplantados, doadores em vida e familiares de doadores. O objetivo da ação é sensibilizar as pessoas para a importância da doação de órgãos. Só no Paraná mais de 2.000 pessoas aguardam por um órgão para fazer transplante.
Antonio Tavares da Silva, 59 anos, que recebeu um novo coração há 14 anos, é um dos personagens da exposição da Iscal. "Imagine a dor da pessoa naquele momento que ela doou. É muita grandeza dela. Fica um sentimento de gratidão muito grande, imenso. Nem mil palavras resumem essa gratidão. Só quem recebeu sabe. E quem doou também", disse em depoimento.
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Fale sobre isso - Os materiais da campanha destacam o ponto fundamental para a doação de órgãos: a conversa sobre o assunto entre familiares e amigos. "No momento da morte, quando abordamos para tratar da doação de órgãos, a família que já sabia do desejo do ente querido em doar dificilmente recusa a doação", afirma Érika Fernanda Ludwig, enfermeira coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Iscal. O vendedor Bruno Bena que passou pelo estande entendeu o recado. "Chegando em casa, a primeira coisa que vou fazer é falar com a minha família. É algo que não vamos usar (depois da morte) e tem tanta gente precisando", afirmou.
Serviço - A exposição que está no piso térreo do Shopping Royal Plaza, atrás da escada rolante, é uma das ações pelo Dia do Doador de Órgãos na Iscal. Além disso, quem passar pela Santa Casa, pode ver o farol, no alto do prédio, iluminado de verde em alusão ao Setembro Verde, instituído esse ano na cidade.