Representantes das santas casas de Misericórdia e de hospitais filantrópicos solicitaram hoje (26) ajuda ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que interceda por reajuste da tabela de pagamentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Além do reajuste, eles querem abertura de uma linha de financiamento que viabilize o pagamento de dívidas, inclusive as trabalhistas.
O presidente da Confederação Nacional das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, José Reinaldo Nogueira Júnior, disse que em 2012 a dívida acumulada pelas instituições chegou a R$ 11 bilhões. Acrescentou que a maior parte refere-se a tributos que não puderam ser pagos, "boa parte de dívidas trabalhistas e com fornecedores".
Nogueira Júnior disse que as santas casas e hospitais filantrópicos são responsáveis por 50% do atendimento público da rede SUS. Ele citou exemplos da defasagem da tabela que prejudicariam os 2.100 hospitais. "Hoje o SUS paga pelo parto, R$ 600 cada, e o parto não custa menos que R$ 800. Outro exemplo são consultas que o SUS paga R$ 5 e os planos de saúde até R$ 50", disse Nogueira Júnior.
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve com Renan Calheiros logo após os representantes das instituições médicas. Na saída, disse que o assunto não foi tratado na audiência. Ele destacou que o Ministério da Saúde reajustou em 100% na tabela SUS as diárias de internação de dependentes químicos.