Uma a cada cinco crianças no mundo não recebe as vacinas rotineiras e anualmente 1,5 milhão morrem por doenças para as quais poderiam ter sido vacinadas, segundo afirmou Philippe Duclos, representante do departamento de vacinação da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (17).
Ao todo, 18,7 milhões de crianças menores de um ano não receberam a vacina contra a difteria que recomendamos.
A organização demonstrou preocupação com a onde de resistência às vacinas, um dos obstáculos para que sejam alcançadas as metas de imunização, apesar de haver disponibilidade de vacinas. Não existe um perfil de classe social, origem nacional ou étnica que rejeite as vacinas mais que outro, já que - segundo informou Duclos - um alto nível de educação não significa uma aceitação automática das vacinas. Também não depende do nível socioeconômico do país.
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Fortes ondas de rejeição foram identificadas no passado em uma região do Reino Unido, onde chegou a se disseminar a crença de que certas vacinas causavam graves doenças neurológicas em crianças. O representante da OMS também mencionou o caso mais atual de rejeição à vacina contra a hepatite B na França, mas reconheceu que a entidade não conta com estimativas sobre o nível de rejeição existente nesse e em outros países.
Duclos explicou que a rejeição às vacinas pode ser atribuída a vários fatores, como crenças baseadas em mitos, desinformação, desconfiança nos profissionais de saúde ou no sistema de saúde, influência dos líderes comunitários, custos e barreiras geográficas. Até mesmo o medo de agulhas é um fator, por isso a OMS emitirá em breve uma série de recomendações para que a dor no momento da injeção seja reduzida.
Não existe uma estratégia única, mas é possível recorrer à participação de líderes influentes para promover a vacinação nas comunidades, à mobilização social, à imprensa, assim como melhorar o acesso à vacinação.
A vacinação em nível mundial é de 86% e o objetivo da OMS é que esse número chegue a 90% até o fim deste ano.
(com informações dos site R7)