Os hospitais de Londrina que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisaram improvisar no mês passado para dar conta de todos os atendimentos. O Governo Federal 'represou' 30% dos recursos previstos e enviou, ao município, apenas R$ 9,8 milhões dos R$ 14 milhões prometidos. A cidade ainda aguarda pelo restante da verba (R$ 4,2 milhões). "O recurso foi creditado ontem (pelo Ministério da Saúde) e deve cair na conta (do município) amanhã", contou o secretário de Saúde, Mohamad El Kadri, em entrevista ao Bonde nesta terça-feira (6).
Ele garantiu, ainda, que o calote do Governo Federal não causou prejuízos ao atendimento oferecido aos usuários do SUS. "A demanda foi suprida com dificuldades", afirmou.
El Kadri não soube informar se o Ministério da Saúde também pretende represar parte da parcela deste mês. "Por enquanto, não temos essa informação".
Hospitais
Leia mais:
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná
95% das pessoas diagnosticadas com HIV no Brasil não transmitem a doença
O Hospital Universitário (HU) de Londrina precisou economizar e solicitar um aporte ao Governo do Estado para não paralisar os atendimentos feitos pelo SUS. Já a Santa Casa usou recursos reservados para continuar com os trabalhos.
O Hospital Evangélico, por sua vez, informou que a falta do repasse vai refletir nos atendimentos previstos para este mês. Em dezembro, as outras empresas que integram o grupo do hospital acabaram subsidiando as consultas do SUS.
O calote do Governo Federal foi denunciado pelo próprio prefeito Alexandre Kireeff no último dia 22. Em entrevista coletiva, ele disse que o 'represamento' da verba poderia comprometer seriamente a saúde financeira dos hospitais do município.