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Cenário encantador!

Em Morretes, turistas encontram natureza e história aos pés da Serra do Mar

Redação Bonde
20 jan 2016 às 09:35
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Você não precisa ir a Europa para caminhar entre charmosos casarios do século 19, nem visitar as famosas chapadas do cerrado brasileiro para encontrar lindas paisagens e uma infinidade de rios com águas cristalinas; para ver tudo isso em um só lugar você só precisa ir a Morretes, aqui mesmo, no Paraná.

Andar pelas estreitas ruas de Morretes é encontrar a história, a cultura as belezas naturais e a tradição, tudo reunido em um mesmo local. A natureza desta pequena cidade do litoral paranaense é encantar a todos que por ela passam.

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Descer a Serra do Mar até Morretes é um encontro com toda a plenitude que a natureza pode oferecer. Você pode escolher normalmente entre dois caminhos: a estrada de ferro e a rodovia.

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O acesso pela estrada de ferro centenária é deslumbrante. Uma obra arquitetônica genial que corta toda a serra, transpondo mais de 14 túneis e de onde tem as visões mais fantásticas do complexo Serra do Mar. Nesta descida, o viajante tem o prazer de ver a inesquecível Garganta do Diabo, que extasia e amedronta e o lindo Véu de Noiva, uma queda d´água de beleza indescritível.

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Se o viajante preferir ir de carro pode optar pela bela Estrada da Graciosa. Um caminho secular e de grande importância histórica. Desta estrada, descortinam-se vistas maravilhosas da Serra do Mar e pode-se observar diversos espécimes da fauna e flora da região.


Há também a possibilidade de chegar até Morretes de carro ou ônibus pela BR-277. Uma rodovia dupla e rápida.

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No pé da Serra


Cidade histórica encravada aos pés da Serra do Mar, ao invés de sofrer com as limitações da nova legislação ambiental, Morretes viu na implementação do Ecoturismo o caminho de recuperação econômica.

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Além da beleza incomparável da paisagem da Serra, a exploração turística e desportiva do Pico do Marumbi, das corredeiras do Rio Nhundiaquara, das trilhas e caminhos coloniais em meio a mata, com seus recantos repletos de cascatas, tem uma forte potencialidade de atrair adeptos do montanhismo, da canoagem, campistas e amantes da natureza em geral.


Por outro lado, a beleza do casario colonial de Morretes, relativamente bem preservado, ao lado dos monumentos históricos e religiosos, atraem uma outra parcela de turistas em busca do pitoresco e da diferença cultural. Nesse sentido, apostando em um desenvolvimento sustentado com base no Turismo e no Lazer, Morretes vem direcionando seus esforços para criar uma estrutura capaz de realizar esses ideais de uma forma moderna, eficiente e rentável para toda a comunidade.

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Passeios


Centro Histórico - Passear a pé pelo Centro Histórico de Morretes é viajar pelo século XVIII, onde casarios coloniais se misturam ao verde da natureza. Lojas de artesanato, feira de produtos locais, igrejas históricas, praças bucólicas formando um conjunto maravilhoso com o Rio Nhundiaquara.

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Rio Nhundiaquara - Em língua indígena nhundi (peixe) e quara (buraco), o rio serviu como primeira via natural de penetração, ligando o litoral ao planalto. Anteriormente denominado "Cubatão" era um dos mais auríferos da região, contribuindo economicamente para o desenvolvimento da mesma.


Uma das mais belas e típicas paisagens morreteanas é a do rio cortando a cidade formando um conjunto com as árvores e edificações existentes em suas margens. É navegável em aproximadamente 12 km, e permite a prática de esportes como canoagem, boia-cross e pescarias. Como atrações destacam-se a Ponte Velha sobre o rio no centro da cidade, considerada uma obra de arte com portais rebuscados, inaugurada em 1912 e recuperada em 1975 pelo DER; e a localidade denominada Prainhas, onde o rio se espraia, formando agradável recanto para lazer, com vestígios da histórica trilha do Itupava e acesso por Porto de Cima.

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Porto de Cima - Povoado situado ao pé da Serra do Mar, que teve seu apogeu em decorrência dos engenhos da erva-mate e, nas últimas décadas do século XVIII, passou a ter grande importância econômica como entreposto comercial entre o litoral e o planalto. Com o crescimento político e econômico do interior do Paraná no final do século passado, Porto de Cima chegou a quase desaparecer. Mas guarda vestígios de seu passado retratado pelas ruínas de engenhos, casarões e calçadas de pedras. Foi um grande centro cultural, berço de ilustres personalidades paranaenses. Atualmente possui praia fluvial, área para acampamento e pousada.


Igreja de São Sebastião do Porto de Cima - Devoção de origem portuguesa, esta igreja foi construída na primeira metade do século XIX e inaugurada em 1850. A arquitetura externa, com características coloniais, foi bastante modificada e esta rodeada de edificações do século XIX e início deste. Internamente, sua arquitetura é rica. Foi tombada e restaurada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1963 e encontra-se no povoado de Porto de Cima.


Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto - Dada a obrigatoriedade pela coroa portuguesa, à prática religiosa na época, Morretes, ressentia-se de uma igreja. Por esta razão, em 1769 obteve licença do Papa para a construção de uma capela devotada à Nossa Senhora.


Em meados de 1812, começou a construção da atual Igreja Matriz, no mesmo local da primitiva capela, num dos pontos mais elevados da cidade. Numa procissão, em 1849, a imagem de Nossa Senhora do Porto, Padroeira da Vila, caiu do andor, fazendo-se em pedaços. No mesmo ano, foi encomendada uma imagem vinda da Bahia, esculpida em madeira, com revestimento de gesso. Inaugurada em 1850, possui em seu interior uma Via-Sacra a óleo executada pelo famoso pintor morretense Theodoro de Bona. Em frente a igreja está instalado um sino vindo de Portugal, com o brasão do Império, fundido no ano de 1854, além de uma cruz que data da passagem do século e um relógio em sua torre que funciona desde a fundação da igreja. Localiza-se no Largo da Matriz.


Igreja de São Benedito - Os dados históricos referentes a esta igreja apresentam controvérsias. Consta como construída por escravos em 1765 ou que a data de sua fundação foi em 1863, com sua torre edificada somente 53 anos mais tarde, em 1916, por iniciativa do provedor e tesoureiro Capitão Roberto França; ou ainda que foi inaugurada em 01 de janeiro de 1884 e benta em 7 de setembro do mesmo ano.


Seu estilo é colonial e seu acervo artístico e histórico ainda permanece bem conservado. É tombada pelo Patrimônio Histórico e localiza-se na confluência das ruas Conselheiro Sinimbu e Fernando Amaro.


Casa Rocha Pombo - A casa é uma homenagem a Rocha Pombo, que, nascido em Morretes, tornou-se uma das maiores expressões paranaenses como historiador, escritor, professor e político.


Suas características arquitetônicas são simples, em estilo colonial da época dos jesuítas e foi construída em duas frentes, uma para a cidade e outra para o rio Nhundiaquara. Nela funciona um centro cultural, além de expor a maquete da Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi em escala 1:5000. Está localizada no Largo Dr. José Pereira, 43.


Estação Ferroviária - Datada de 1885, tem um estilo arquitetônico de impressionante conservação, sem vestígios de arquitetura moderna, já sofreu diversas reformas, sendo que hoje possui sanitários, lanchonetes e barracas com produtos artesanais. Dela, tem-se uma bonita visão das montanhas da Serra do Mar. Localiza-se na Praça Rocha Pombo.


Rios, trilhas, cachoeiras...


Cascatinha - Local privilegiado pela natureza, a apenas 5 km da cidade, circundado por um lindo bosque às margens do rio Marumbi. Depois de uma pequena corredeira, o rio se espraia formando um lago de aproximadamente 10.000 m2, com profundidade entre 1 e 4 m, sendo um ótimo local para banhos e mergulhos. Um imponente paredão de pedras acompanha o rio por longo percurso à direita. Possui infra-estrutura básica de camping, churrasqueiras, sanitários, vestiários e uma lanchonete. Lá se encontra um dos mais antigos e produtivos engenhos de aguardente. Acesso pela Rua Marcos Malucelli.


Pico Marumbi - Também conhecido como Olimpo, se destaca em altura, na cadeia de montanhas denominada conjunto Marumbi. Com 1539 m, é o ponto preferido para a prática do montanhismo, por proporcionar escaladas em todas as modalidades e graus de dificuldades. No caminho entre a estação e o pico Marumbi, situa-se a cascata dos Marumbinistas, uma queda d’água quase vertical, que precipita de uma altura de aproximadamente 50 m, constituindo-se numa magnífica paisagem, na passagem obrigatória de todos que rumam em direção ao Marumbi.


O pico localiza-se dentro do Parque Estadual Pico do Marumbi, criado em 1990 com área aproximada de 370 hectares.


Salto da Fortuna - É uma cachoeira de 50 metros com uma belíssima piscina natural em sua base. No caminho, ainda há a possibilidade de se conhecer um genuíno alambique de cachaça, uma capela histórica e o primeiro caminho colonial, que ligava o litoral ao planalto.


Atividades radicais


Boia-cross - O mais tradicional esporte aquático de Morretes é praticado normalmente no Rio Nhundiaquara, mais precisamente no povoado de Porto de Cima, a 6 km do Centro da Cidade. O esporte é praticado em câmaras de ar individuais com equipamentos de segurança para garantir o prazer e a aventura dos turistas. O passeio até o centro de Morretes leva cerca de 3 horas, mas existem trechos menores. Você pode ir até o Porto de Cima de bicicleta ou de ônibus - 6 km do centro.


Importante: para fazer o boia-cross é necessário você estar usando um tênis para não machucar os pés nas pedras!


Ciclo Turismo - São mais de 32 km feitos em bicicletas especializadas e com guias experientes pela área rural da cidade. No trajeto, o visitante passa por rios, cachoeiras, bicas, pontes de arames e lagos. No meio do trajeto, ainda há a possibilidade de se conhecer uma autêntica fábrica artesanal de farinha de mandioca e bala de banana.


Rafting - Esporte feito em botes infláveis que navegam em cachoeiras e correntezas radicais. O rafting é acompanhado sempre por guias especializados e com equipamentos completos de segurança. Normalmente o rafting é feito no Rio Cachoeira. São 3km de pura adrenalina que leva em torno de 1h30.


Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi


Trata-se de uma área que abrange também parte de outros municípios e, foi criada com o objetivo de disciplinar e controlar a ocupação do solo, proteger os recursos naturais renováveis, as paisagens, as localidades e os acidentes geográficos naturais adequados ao repouso e à prática de atividades recreativas, desportivas ou de lazer, visando a preservação e a valorização dos elementos naturais e culturais que compõem a área. Ocupa 66.732 hectares, e compreende grande parte da Serra do Mar tombada desde 1986, pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e, uma pequena porção oriental do Primeiro Planalto.


Abriga um elenco de atrações de motivação turística - ecológica, tais como: Estrada da Graciosa; Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba; Mananciais da Serra; Caminhos da Graciosa, do Arraial, do Itupava e da Cachoeira; e parte da represa do Capivari. Algumas atrações podem ser alcançadas pelo Município de Morretes, como o conjunto Marumbi, os Saltos Redondo e dos Macacos que formam um seqüência de quatro piscinas naturais além da cachoeira Véu da Noiva, queda de beleza indescritível formada pelo rio Ipiranga localizada em local de difícil acesso.


Salto dos Macacos - O rio dos Macacos precipita-se de uma altura de 70 metros, sobre uma laje granítica, formando impressionante piscina natural. Em seguida como um degrau, forma outro salto, o Redondo, com aproximadamente 30 m de queda livre e 20 m de largura, proporcionando um espetáculo maravilhoso, que pode ser avistado ao longe, durante a viagem de trem ou litorina. Para admirar de perto toda essa beleza existem dois caminhos de acesso: por ferrovia, desembarcando em Engenheiro Lange, numa caminhada de 2 a 3 horas, por uma rodovia, num trajeto de 4 km de carro, entre Porto de Cima e Engenheiro Lange e a partir deste ponto, mais 2 horas de caminhada.


Estrada da Graciosa - A contínua e progressiva atividade dos mineradores fez com que estes subissem o leito dos rios que deságuam na baía de Paranaguá. Desta forma, traçaram os primitivos caminhos para o Primeiro Planalto: o Itupava, da Graciosa e Arraial.


A Estrada da Graciosa, um percurso diverso do Caminho da Graciosa, teve sua construção iniciada no Governo do Presidente da Província Zacarias de Goes e Vasconcelos, não sabendo-se exatamente quando foram concluídas suas obras. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873. Partindo da BR 116, a 37 km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira e o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas, em cuja alusão foi construído em 1997 o Portal da Graciosa, projeto do arquiteto Angel Bernal, executado em pedra e madeira.


Caminhos Coloniais - Os caminhos coloniais, eram a única ligação entre o litoral e o planalto paranaense, em meados do século XVII. Por eles subiram os predadores de índios, os faíscadores de ouro e os homens que povoaram os Campos de Curitiba e os Campos Gerais. Tais caminhos, surgidos espontaneamente de acordo com a necessidade no início da colonização, hoje são percorridos pelo homem moderno na volta ao naturalismo, na descoberta de novas formas de lazer, notadamente o turismo ecológico, que pode ser desenvolvido entre outros, nos caminhos da Graciosa e do Itupava.


Caminho da Graciosa - Teve sua construção em duas etapas: a da Serra do Mar, entre 1646 e 1653 e até o Atuba, entre 1848 e 1870. A estrada era de uso dos índios que desciam a serra para mariscar no litoral e depois subiam na época do pinhão. Em 1653 o caminho foi abandonado, utilizando-se o do Itupava e a abertura definitiva só foi possível após a Emancipação da Província, em 1872. Neste meio tempo a estrada foi diversas vezes aberta e abandonada.


Caminho do Itupava - Consta que da trilha original, aberta por caçadores que perseguiam uma anta desde o alto da serra até Porto de Cima, nasceu este caminho, por volta de 1625.


Por ela foi feita uma picada facilitando o acesso de mineiros e caçadores de índios. Uma segunda etapa até a Borda do Campo foi aberta em 1649 e 1654. Neste ano, era fundada a povoação de Nossa Senhora da Luz quando então terminou-se o trajeto. Também conhecido como Caminho Real, Caminho da Serra, Caminho de Morretes, de Curitiba etc. Foi uma das mais importantes e antigas estradas do Paraná.


Artesanato, comida típica e folclore


O município é um tradicional produtor de cachaça, produzida artesanalmente, utilizando-se de velhos alambiques, que fazem a fama da conhecida pinga morreteana, envelhecida por no mínimo sete anos em tonéis de várias espécies de madeira, responsáveis pela coloração, aroma e sabor característicos. Ainda famosa, é a pinga de banana. Os principais alambiques estão na estrada do Anhaia.


A cestaria e o trançado de herança indígena também são práticas artesanais.


O Barreado é a comida típica de Morretes e, segundo especialistas, difere um pouco do preparado em Paranaguá ou em Antonina.


O fandango, reunião de danças chamadas "marcas" em Morretes adquiriu características próprias, sendo diferente de outras regiões na toada, nas batidas e na coreografia. Nas festas tradicionais da cidade, é comum dançar-se a Dança das Balainhas e a do Pau-de-Fita.

Fontes: Secretaria Municipal de Turismo e Secretaria de Turismo do Paraná.


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