A arte circense está mais triste nesta segunda-feira (23). Waldemar Seysses, eternizado como o palhaço Arrelia, morreu nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, aos 99 anos, vítima de uma pneumonia.
Seysses foi internado na noite da última sexta-feira, na Clínica Cirúrgica Santa Bárbara, com quadro de pneumonia. Segundo informações do corpo médico do hospital, o artista morreu às 5h desta segunda-feira.
Ele havia dado entrada na mesma clínica em março deste ano, por causa de problemas na vesícula. O corpo médico esclareceu nesta segunda que a morte não teve relação com os problemas de saúde que ocasionaram a internação de março.
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Waldemar Seyssel nasceu em Jaguariaiva, Estado do Paraná no dia 31 de dezembro de 1905. Filho de família circense, tornou-se personagem marcante na cultura brasileira.
Quando criança, Waldemar conta que era levado da breca, gostava de aborrecer "arreliar" todo mundo, aí lhe foi dado o apelido de Arrelia.
Começou a trabalhar como palhaço em 1922 no Cambucí. Entretanto só em 1927, em Uberaba que nasceu o Arrelia, numa cena improvisada e bastante cômica, quando Waldemar foi obrigado a substituir um palhaço do circo.
Seus irmãos o pintaram, vestiram e o empurraram para o picadeiro. Waldemar caiu de mal jeito, fez trejeitos e caretas, levantou mancando e o público ria e aplaudia freneticamente, pensando que era graça, um total sucesso. Seu pai e seus irmãos aprovaram e nesse dia surgiu o grande Arrelia.
Arrelia foi o primeiro palhaço a aparecer na televisão brasileira e se tornou famoso pelo programa Cirquinho do Arrelia, que estreou em 1951, na extinta TV Paulista.