A rejeição da União Européia (UE) em fixar para 2010 a data para a eliminação dos subsídios às exportações de produtos agrícolas deve resultar num provável fracasso da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) que termina neste domingo em Hong Kong, admitiu ontem o chanceler brasileiro, Celso Amorim, que também lidera o G20, grupo de países emergentes.
Amorim ainda fez críticas ao projeto de declaração ministerial apresentado pelo diretor da OMC, Pascal Lamy, mas considerou que a proposta dá ''micropassos'' na direção certa.
O projeto de declaração elaborado por Lamy, que ainda será apreciado pelos 149 países que integram a OMC propõe entre colchetes que no jargão diplomático significa ausência de consenso o ano de ''2010'' ou ''cinco anos a partir da entrada em vigor da Rodada de Doha'' para a eliminação dos subsídios à exportação de produtos agrícolas.
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O chanceler brasileiro destacou também que ''houve muita frustração com a UE'', não apenas por sua negativa em aceitar a data de 2010, mas como a forma que foi feita a rejeição. Em negociações prévias, a UE exigia que outros países do mundo desenvolvido, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, se comprometessem também a reduzir os subsídios às exportações agrícolas camuflados e a desmantelar seus monopólios no setor.
No sábado, cerca de 30 pessoas, segundo uma TV local, ficaram feridas numa manifestação de militantes antiglobalização que pediam o fim da OMC