Um filme sobre o autor do atentado a Hitler com Tom Cruise no papel principal está causando polêmica e revolta na Alemanha. Políticos do governo e da oposição criticaram o projeto, principalmente por Cruise ser seguidor da Cientologia, considerada pelo governo alemão uma seita perigosa.
O ministro alemão da Defesa não permitiu filmagens no lugar em que o conde Claus Schenk von Stauffenberg planejou o seu atentado fracassado a Hitler, no atual prédio do ministério em Berlim.
Stauffenberg, que será personificado pelo ator americano, foi um dos principais personagens de um complô de oficiais nazistas contra Hitler.
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A conspiração culminou com um atentado a bomba no dia 20 de julho de 1944, do qual Hitler saiu apenas ferido.
O conde Stauffenberg e vários outros oficiais envolvidos foram condenados à morte e executados, depois de um julgamento sumário.
Mau gosto
O presidente do comitê de Cultura do Parlamento alemão, Hans-Joachim Otto, disse que a escolha de Tom Cruise para o papel de Stauffenberg foi "de extremo mau gosto".
Frank Henkel, deputado do partido Cristão-Democrata, disse que "a resistência alemã não deve ser usada para um filme de propaganda para uma seita totalitária".
O projeto foi criticado também pelo filho de Stauffenberg, que pediu para Tom Cruise deixar em paz a memória de seu pai.
O novo filme de Tom Cruise está sendo feito em Berlim e leva o nome provisório de Valquíria, em menção ao codinome da conspiração.
Claus Schenk von Stauffenberg é considerado um herói da resistência e lembrado regularmente pelos alemães.
Sua vida foi retratada em vários filmes – o mais recente data do ano passado – e documentários como Oficiais contra Hitler, da TV alemã Phoenix.