Acusado de liberar o atropelador do filho da atriz Cissa Guimarães em troca de propina, o sargento Marcelo Leal, do 23º Batalhão de Polícia Militar do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, alegou que é esquizofrênico em depoimento à Justiça Militar.
Ele também negou ter recebido dinheiro do empresário Roberto Bussamra, pai do universitário Rafael Bussamra, de 25 anos, que na madrugada de 20 de julho dirigia o carro que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, de 18 anos. O jovem andava de skate com amigos em um túnel que estava interditado para obras. Hoje, o sargento e o cabo Marcelo Bigon prestaram depoimento no processo que pode resultar na expulsão da dupla da corporação.
O advogado do sargento, Ekner Maia, alegou que o policial ficou dois anos afastado do serviço na década de 1990 por uma crise de esquizofrenia e voltou a trabalhar sem passar por avaliação médica. Os policiais são acusados de liberar Rafael Bussamra do local do atropelamento em troca de R$ 10 mil. Os PMs também apresentaram um Termo de Registro de Ocorrência onde descreviam que o carro do atropelador não tinha irregularidades, apesar de estar amassado e com vidros e para-choque quebrados.
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Os PMs teriam recebido no dia da tragédia R$ 1 mil e acertaram um encontro no dia seguinte para receber o restante. No entanto, o empresário desistiu ao saber que a vítima era filho da atriz e a morte dele repercutia na imprensa.
Na última segunda-feira, o Ministério Público do Rio, junto à Auditoria de Justiça Militar, denunciou os policiais por corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento de função. Caso sejam condenados pelos três crimes, eles podem pegar de 3 a 8 anos de prisão.
Na semana passada, o Inquérito Policial Militar (IPM) concluiu que o empresário praticou corrupção ativa. Roberto Bussamra deverá ser denunciado ao Ministério Público. A delegada titular da 15ª Delegacia de Polícia da Gávea, Bárbara Lomba, deve concluir nos próximos dias o inquérito sobre a morte do filho da atriz. Rafael Bussamra pode ser indiciado por homicídio culposo ou doloso (com a intenção de matar).