O futebol é cada vez mais precoce. E os clubes brasileiros, em uma tentativa de não serem vítimas da malfadada lei Pelé, precisam assinar contratos de cifras vultuosas com suas revelações, sob o risco de verem seus jovens seguirem outros rumos sem deixar lucro para quem os revelou.
Alguns casos chamaram a atenção no futebol brasileiro nos últimos dias. O Santos anunciou neste início de semana a renovação do contrato do atacante Gabriel.
O garoto, também chamado de Gabigol, de 18 anos, vai receber R$ 200 mil de salários. O vínculo atual, que era válido até setembro de 2015, foi estendido até 2019. A multa rescisória é R$ 154 milhões.
No Corinthians, o atacante Malcom ganhou o coração da Fiel em virtude das boas atuações no campeonato Brasileiro. Com medo de perder a sua mais nova revelação, o Timão já estuda prorrogar o contrato por cinco anos, com multa de R$ 62 milhões.
Malcom, de 17 anos, que ganha R$ 10 mil, salário de atleta da base, vai passar a ganhar cinco vez mais para assinar o novo vínculo.
No São Paulo, o lateral Auro, 18 anos, titular nas últimas seis partidas, já teve o salário aumentado em quatro vezes e agora ganha R$ 40 mil mensais. O seu contrato foi estendido também até 2019.
Os clubes pagam cada vez mais e cada vez mais cedo para seus atletas. As receitas não acompanham essa tendência e por isso os nossos times estão cada vez mais endividados. Uma combinação perigosa. Um caminho sem volta.