A campanha de vice-campeão de Londrina nos Jogos Abertos do Paraná ficou aquém das expectativas. A derrota para Maringá na classificação geral é até natural, mas não estava prevista pelos esportistas da cidade.
Todos imaginavam o título primeiro por jogar em casa. Londrina tinha a maior delegação - 415 a 385 de Maringá -, jogou todas as 20 modalidades - Maringá não participou de três - e imaginou que tudo isso fosse o suficiente para ganhar.
Mas algumas modalidades fracassaram e no fim Maringá fez 12 pontos a mais - 551 a 539. Como explicar, por exemplo, que o handebol masculino, única equipe do Estado que joga a Liga Nacional, não conseguir chegar sequer a final? Os londrinenses terminaram em terceiro. O título ficou com Cascavel, algoz dos londrinenses na semifinal.
Maringá faturou oito títulos, o mesmo número dos londrinenses. O bicampeonato de Maringá nos JAP's - a cidade havia vencido os Jogos da Juventude de 2017, também disputados em Londrina - não tem nada de surpreende, sobretudo quando o grande rival é Londrina.
A Cidade Canção só colhe os frutos de um investimento duas vezes maior que o de Londrina no esporte - enquanto em Londrina os recursos públicos são na ordem de R$ 9 milhões, em Maringá se aproximam dos R$ 20 milhões. A infraestrutura por lá também é bem melhor que a nossa.
Só para citar como exemplo que eles têm uma Vila Olímpica, enquanto que nós temos, no máximo, duas praças da juventude bem capengas. Sem falar que os nossos dois principais palcos esportivos vivem na penúria financeira e estrutural.
Então, não há do que reclamar. Apenas lamentar e torcer para que algum dia os nossos governantes abram os olhos para o benefício que um grande investimento no esporte traz de retorno para a cidade e para seus moradores.