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Sentimento de vingança

03 nov 2014 às 10:11

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Analisando tudo aquilo que aconteceu na noite de sábado e revendo várias vezes as imagens se chega a conclusão que os dois lados têm culpa pelo o que aconteceu e devem ser punidos por isso, inclusive criminalmente, nos caso dos jogadores do Brasil, que agrediram covardemente o mordomo do Londrina.

Quando se inicia uma briga generalizada, sobretudo em uma praça esportiva, ninguém tem razão. Todos são culpados. Pior para o Londrina. Que foi desclassificado e, por ser mandante, certamente, será penalizado.

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Perdeu acima de tudo o futebol. Uma noite negra para o glorioso estádio do Café. Toda vez que acontece isso dentro de um campo o futebol se distancia da sua essência.

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Em relação ao confronto em si, o Londrina não aprendeu com a lição de Caxias do Sul. Em um duelo onde o psicológico era tão fundamental quanto a parte física e técnica, o Lec se descontrolou e, mesmo sendo melhor que o adversário, foi eliminado da final.

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Prova do despreparo emocional do time foi que o Londrina em 12 jogos tinha tomado apenas quatro gols e nos dois jogos diante do Brasil sofreu cinco.


O time gaúcho soube entender melhor o confronto e não se preocupou tanto com os aspecto fora de campo. Claro que o Londrina não foi recebido com flores em Pelotas e ninguém esperava isso. Mas, não houve exageros contra o Lec. A torcida foi bem recebida e a imprensa também.

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O Brasil "guerreou" dentro de campo. Que é onde se definem as coisas no futebol. Jogou duro, forte, as vezes até exagerou em alguns momentos, mas soube colocar em prática as suas virtudes e explorou as deficiências do Londrina. Construiu uma vantagem considerável em casa e jogou com o regulamento no Café.


Para a partida de volta, inexplicavelmente, se aflorou um sentimento de vingança na cidade como se o Brasil e a sua torcida fossem os nossos maiores inimigos e não mais um adversário como outro qualquer.

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Esse sentimento assolou a todas: diretoria, comissão técnica, jogadores, torcida e até a imprensa e tirou o foco do segundo jogo. O Londrina e a cidade foram péssimos anfitriões.


Recebemos o adversário com rojões durante a madrugada na frente do hotel, a torcida xavante com pedras, xingamentos e agressões, a imprensa gaúcha foi agredida e ameaçada, o time proibido de usar o vestiário principal do Café. Nada disso ganha jogo. E nós esquecemos disso.

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Dentro de campo o Londrina foi mal. Extremamente nervoso e ansioso. Voltou para o segundo tempo com menos de 12 minutos de intervalo. O Brasil retornou com 20. Errou muitos passes, cometeu muitas faltas, caiu na catimba e na cera do adversário, teve jogador expulso infantilmente, entregou de bandeja os dois gols do adversário.


Quando resolveu jogar bola, mesmo com um a menos, empatou a partida e por muito pouco não virou. Mas, aí já era tarde.


Que mais está lição seja aprendida. Na série C não vamos enfrentar outros Penapolenses, Boavistas, Santos do Amapá, com todo respeito que esses rivais merecem. Os adversários serão tradicionais, de camisa, de torcida. E controlar os ânimos e superar a pressão serão tão valiosos quanto montar um bom time.

Pena que falar de futebol neste momento fica em segundo plano. Infelizmente.


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