"Quem busca o equilíbrio através da religião precisa ser sustentável"
André Trigueiro
Foi lançado no último dia 12, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro (Riocentro) o livro "Espiritismo e Ecologia", do jornalista André Trigueiro da Globonews. A notícia foi publicada no Blog do Planeta, da Revista Época.
Em entrevista ao Blog, o jornalista conta que descobriu o Espiritismo em 1987 quando resolveu "dar um basta" a sua curiosidade em relação aos livros de cabeceira de sua mãe: obras básicas da Doutrina Espírita. Segundo ele, depois da aproximação com a doutrina ele "não teve mais freios" nem pudores quanto ao assunto. "Me senti muito bem amparado pelo Espiritismo. Foi um processo natural", conta.
Na opinião do jornalista, se equilíbrio é sinônimo de sustentabilidade, quem busca o equilíbrio através da religião precisa ser sustentável. Ele explica que foi durante uma visita à uma casa espírita no Rio de Janeiro onde ele havia sido convidado para proferir uma palestra que surgiu a idéia de escrever o livro.
"O tema era "Ecologia e Paz". Creio que o livro começou a nascer nesta palestra. De lá para cá, através de minhas pesquisas, descobri que o pedagogo francês Allan Kardec e o naturalista alemão Ernst Haeckel, tido como o Pai da Ecologia, eram homens de ciência que deixaram um legado importantíssimo para os dias de hoje, em que tentamos entender melhor a origem de múltiplas crises (econômica, social, ética, ambiental) e os caminhos para resolvê-las", diz Trigueiro.
Ainda segundo o autor do livro, que foi editado pela Federação Espírita Brasileira (FEB), o espiritismo e ecologia explicam, cada qualao seu modo, um universo "sistêmico e interligado".
"O uso racional dos recursos naturais baseado no princípio da necessidade - e não da opulência -, uma nova ética solidária que leve em conta os interesses de todos e não de uma minoria, o respeito a todos os seres viventes. Espíritas e ecologistas também reconhecem a existência de mecanismos de autoproteção da Terra, embora expliquem isso de formas distintas. E estudam os efeitos colaterais da poluição nos dois planos da vida: enquanto a ecologia investiga o impacto dos poluentes na matéria (ar, água, solo), o Espiritismo desdobra-se na investigação dos impactos de outros gêneros de poluentes (formas-pensamento, miasmas, etc) no campo sutil, no plano atral, também chamado de psicosfera".
Leia na íntegra a entrevista do jornalista ao Blog do Planeta: wwww.colunas.epoca.globo.com/planeta