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Nas veias da amizade

25 abr 2010 às 20:42

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Tirar a amizade da vida é como tirar o sol do mundo.
Autor desconhecido

Quem somos nós sem os verdadeiros amigos? Digo verdadeiros porque nesse mundo onde há tanta agilidade nas informações e possibilidades de se conhecer pessoas é cada vez maior e nem sempre reais. Hoje em dia é muito fácil fazer novas "amizades". Sair para curtir um fim de semana, falar sobre as futilidades de nossa vida material. A grande questão está nos amigos que realmente fazem a diferença na nossa vida.

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O Livro dos Espíritos no capítulo que fala sobre a Lei de Sociedade, os espíritos nos lembram que a amizade é uma ligação afetiva baseada na relação pácífica incondicional, sem formas e sem limites definidos de expressão; na doação sem preconceitos baseada na complementaridade das diversidades de um e de outro. Sabemos que a amizade surge depois que há uma simpatia de alguém para conosco, que nos atraímos por aquilo que se passa. Essa simpatia nos possibilita entender as mútuas competências nos chamamentos humanos de se doar e conviver.

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Quantos de nós não nos sentimos um pouco mais feliz com a ligação de um amigo, com o recebimento de uma mensagem te lembrando que há alguém pensando em você, que simplesmnte quer o seu bem e sempre te ajudará a te fazer feliz? Como é precioso as pouquíssimas amizades verdadeiras que temos por essa vida a fora e quantos amigos a mais deixamos de fazer por não nos permitirmos vivenciar mais contatos reais com as pessoas?

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Ainda segundo O Livro dos Espíritos, a necessidade básica da amizade é oferecer e doar. É também "retribuir a todos aquilo que se tem a impressão ter-se recebido para ser-se humano integral". De acordo com Allan Kardec, ainda conservamos estranhezas sobre a convivência do amor e da amizade. Ele diz que amigos verdadeiros não se intrigam, não se instigam e nem disputam interesses. "O sentimento de amizade é puro, sem distorções: porém, quando a amizade se quebra os amigos sofrem os desvios dos impulsos e interferências de fraquezas pessoais".


Nenhum de nós gosta de viver sozinho. O isolamento é lugar para cismar, para avaliar, para retomar impulsos pessoais e conquistar relações estáveis de amizade. O solitário está cuidando de cicatrizes, muitas vezes conquistadas nos resquícios das paixões impensadas, e dos amores possessivos. O homem transita sempre entre o culto às paixões e a harmonia da amizade. E é por isso que a amizade é comum em todo coração, do homem mais vil ao mais virtuoso.


E existem grandes pensadores que tentam, de alguma forma, traduzir em suas belas palavras o que é realmente a amizade. Uma delas, me chama bastante a atenção, que diz: "Depois de algum tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na sua vida" - Willian Shakespeare.





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