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No limiar da dor a transformação acontece

13 set 2012 às 22:58
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Não é um sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
Krishnamurti

Dor física, espiritual, mental, dor de alma. Quando o espirito não vai bem, tudo parece se desajustar. E que isso fique bem claro: não há motivo para reclamações, mas sim, constatações. Porque da vida não devemos deixar fatos importantes passar em branco, muito menos considerá-los o ápice do sobrenatural. É preciso, com toda a simplicidade do mundo, saber viver. E por isso quando há um momento de dor, é preciso respirar fundo para conseguir classificá-la e condicioná-la em seu lugar para que não esqueçamos da dor alheia.

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O mundo gira veloz e os ponteiros do relógio parecem atropelar o tempo. Enquanto tantos vivem preocupados com seus próprios umbigos, outros clamam por uma vida mais leve. Enquanto a dor moral corrói aquele que tenta se resgardar do desespero, outros lutam por uma migalha de atenção, seja de quem for. Os problemas de uma sociedade doente surgem do resultado de um montante real: perspectivas fracassadas, expectativas frustradas, sonhos destruídos, esperanças esfaceldas, pouca atenção do poder público e falta de amor, do próximo e de sí mesmo. E então percebemos o caos.

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Não satisfeitos com o tamanho do sofrimento e dor, nós mesmos - seres humanos pensantes e racionais - conseguimos ampliá-lo quando concentramos irresponsabilidades, mau caráter, injustiça e falta de amor em ações mau pensadas. E então tudo se torna frio. E então surge a necessidade de ajuda ou de no minimo de uma reflexão.

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Questões filosóficas demais parecem já não adiantar. O ser humano precisa do agora e pra já. Os resultados precisam ser imediatos. Mas como melhorar se o profundo parece estar cada vez mais doente? Como compreender que não há bem-estar, muito menos a paz verdadeira, quando há doenças e doentes? Como resolver o problema da fome? Da solidão? Da alma angustiada? Da dor que dilacera o corpo e a moral?


E as fugas em massa? E as fluoxetinas ingeridas em doses cavalares? E o alcool dominando a rotina? E a ansiedade se transformando em pânico com a mesma naturalidade que uma criança começa a andar?

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A natureza da vida exige fôlego e coragem. Ninguém está livre de passar pelos momentos de desespero, mas a consequências dos acúmulos em massa reflete a todo instante no nosso mundo, nas poucas vidas que circulam o nosso cotidiano. Vidas que ignoramos ou que simplesmnete fazemos questão de fechar os olhos. Ignorar o que já está pronto para ser ajudado. Mas não esquecer que é preciso nos ajudarmos para estarmos aptos a conviver com toda essa dinâmica existencial.


Não há crise, há falta de pessoas em paz. Não há excesso de desespero, há ausência de união. Não há doentes, há indiferenças a dor alheia. E enquanto todo esse universo continuar somando a falta de iniciativas para melhoras, muito pouco deve progredir. Enquanto não houver mais sinceridade no olhar e verdade nas palavras, poucos acreditarão na capacidade de amar e transformar.

No resumo de tudo, o importante é ter forças suficiente para entender que sua vida pode estar contaminada por essa sociedade doente e entender que você é parte dela. Recolher os cacos espalhados pelo chão, costurar a roupa rasgada, colar os pedaços, restaurar a alma. E para isso acontecer, mais do que a consciência de entender o que se passa, é preciso braços, pernas, mãos, colo, tudo o que for possível para te envolver. Calor humano, sol no rosto e talvez uma viagem para um breve encontro consigo mesmo. E de cara com seu mais profundo eu conseguir descobrir de vez a máscara que te corrompe e jogá-la nas profundezas do mar ou no infinito do espaço para que se saiba exatamente o que fazer, quem se é, e, para onde ir, mas sempre com a certeza de que forças não faltarão para envolver também aqueles que precisam de ti.


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