Só fica o que significa.
Francesco Sanctis
Nossa relação com o tempo é instigante. Por muitas vezes até mesmo misteriosa e mágica. Nos tempos antigos, Aristóteles concebia o tempo como uma quantidade contínua de passado-presente-futuro como um todo, divisão que parece ser meramente didática, pois ao ligar presente e futuro, o presente tem que pertencer um pouco a cada um.
No livro "Confissões", Santo Agostinho diz que o "agora" passa por nós a uma velocidade fantástica que "não lhe resta nenhuma extensão de duração". Perplexos com o tempo, outros pensadores também refletiram muito sobre esse vasto mistério. Gênios como Platão, Kant, Hegel, Freud, Shakespeare e muitos outros.
Além de toda magia que nos envolve o tempo, ese tempo abstrato e irreal que tentamos apalpar a todo instante, ainda nos deparamos com aqueles tempos que nos são mais perceptíveis: o tempo biológico, cronológico e o meteorológico.
Sentimos que esses tempos parecem sofrer alterações conforme nosso tempo psicológico. Quando estamos alegres, o tempo voa.Quando estamos tristes, o tempo demora a passar. Estratégias que nos ajudam a lidar com isso é o planejamento do tempo, e nesse particular, tratarmos de otimizar cada minuto com atividades edificantes para o Espírito imortal que somos.
Espíritos superiores vencem o espaço e o tempo com sua inerente simultaneidade irradiando sempre em ondas ultracurtas. Mais ou menos como Jesus nos ensinou: "A cada um segundo suas obras", pois o nível de consciência determina o tipo e a qualidade de ondas emitidas por cada espírito.
Do ponto de vista de nossa auto-educação como espíritos imortais, poderíamos criar um conceito de "tempo-atemporal" do Espírito, como sendo a ocasião permanente de fazer o bem, pois, segundo o Evangelho de Jesus, cada minuto é portador de ensinamentos e de oportunidade de evolução, como o próprio codificador, Allan Kardec, costumava apontar: "Fora da caridade não há salvação".
Portanto, vivamos com alegria como espíritos imortais porque a eternidade é privativa de Deus. Porque assim como Kardec insiste em lembrar: "Para Deus, o passado e o futuro são o presente".