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Entrevista com a poeta Rosani Abou Adal

24 set 2023 às 09:02

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- Rosani Abou Adal - Fotografia do Facebook
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Nossa entrevistada é Rosani Abou Adal. Rosani é escritora, poeta, publicitária, jornalista e editora. Edita o jornal literário mensal Linguagem Viva desde 1989. É vice-presidente do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo, membro da Academia de Letras de Campos do Jordão.

Autora dos livros de poemas Mensagens do Momento (1986), De Corpo e Verde (1992), Catedral do Silêncio (1996) e Manchetes em Versos (2019); e dos cartões poéticos Sniff e Andorinha.

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Agraciada com o Prêmio Ribeiro Couto da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, em 1996, pelo livro Catedral do Silêncio, e com o Prêmio Mulheres do Mercado da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e Prefeitura do Município de São Paulo, em 2004. 

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Um dos seis poetas homenageados da 33º Psiu Cinema, realizado de 4 a 12 de outubro de 2019.

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Poeta representante do estado de São Paulo no 13º Festival de Poesia de Dois Córregos de 2020.

Seus poemas foram traduzidos para o inglês, francês, italiano, espanhol, grego e húngaro. Participou de antologias no Brasil e no Exterior na França, Itália e Portugal. 

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Site da poeta: www.poetarosani.com.br


Fale um pouco de seu início como poeta. Quando começou  a escrever poemas.

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- O primeiro poema que escrevi, com 9 anos, foi para pedir uma bicicleta para minha mãe. Infelizmente não tenho mais o poema. Como não ganhei a bicicleta, porque minha mãe tinha medo que eu  morresse atropelada, rasguei o poema. 

O primeiro trabalho lançado foi o cartão poético Sniff, em 1985. O primeiro livro foi publicado em 1986, Mensagens do Momento, edição do autor, lançado no Bar Brasil, em que apresentei performance vestida de vampiresa. 

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Vamos falar sobre livros. Lamentavelmente, tem poetas que não gostam de ler os trabalhos de outros poetas. Você é leitora de livros de poesias?

- Sim. Leio outros poetas. Faço isso também como editora do jornal Linguagem Viva para selecionar o que será publicado. Leio por prazer, porque a poesia plantou raízes em minha alma.

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Sente na sua obra a influência de algum ou alguns poetas?

R - Não sinto influência de nenhum poeta. Creio que criei uma linguagem própria que corta como uma lâmina para depois plantar flores.

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Quantos livros de poesia você já publicou? Qual é a reação dos leitores? Eles curtem? Enviam sugestões?

R - Publiquei quatro livros e Sonho Ilusório é o quinto livro. Creio que os leitores devam gostar, porque me acompanham para comprarem novos livros. Sinto a reação do público nos saraus que frequento. Muitos comentam. 


Algumas pessoas falam que a Poesia não tem utilidade prática, que não serve para o mundo de hoje. Qual é a sua opinião?

R - A poesia tem alma própria. Está presente no ar em que respiramos, na água que bebemos, alimenta nosso corpo e espirito e nos proporciona serenidade para alçar voos para além do céu, do mar e da terra. Quem afirma que a poesia não tem utilidade prática e que não  serve para o mundo de hoje é uma pessoa que não conhece a si próprio, porque a poesia está além do nosso tempo, planta sementes e floresce no ar em que respiramos e dentro da gente. 


Fale de seu novo livro. Como surgiu a ideia do livro?

R- São poemas sociais, um grito libertário contra os gananciosos do poder, a devastação do Planeta e do ser humano. É a voz que acalenta os fracos e oprimidos e os fortalece para um novo tempo para que  possam, unidos, transformar a ilusão em sonhos reais.

Alguns poemas foram publicados no Linguagem Viva. O poema “Sonho Ilusório” foi declamado em alguns saraus e na Bienal do Livro e fez muito sucesso, então resolvi publicar em livro e reunir parte da produção poética do mesmo estilo e linguagem. 


Onde e quando será lançado?

R -No dia 5 de outubro,  quinta, das 17 h. às 21h30, no Sindicato dos Jornalistas,  Rua Rego Freitas,  530 sobreloja,  em São Paulo. 

8. Rosani, você tem uma longa e bem-sucedida trajetória  como poeta. Seus livros já foram traduzidos a vários idiomas. Qual é a sua expectativa com o este novo livro?

Participei de antologias e foram publicados trabalhos em revistas em Portugal, França,  Argentina, Espanha, EUA.  

Espero que Sonho Ilusório alcance voos mais altos e liberte o grito que sufoca a garganta dos seres e povos de  todas as nações, sem distinção de sexo, raça,  cor,  gênero e, assim, libertá-las de tudo que sufoca esse grito preso na garganta para que possam ser seres mais fortes e dignos de um futuro melhor.  


Poderia escolher um poema de sua autoria que represente o seu estilo, a sua voz poética. (Escrever o poema na continuação).

R - O poema “Sonho Ilusório” que dá titulo ao livro é uma marca forte do meu estilo, a minha voz poética e a voz de todos os povos e nações. Talvez seja grande para o espaço que temos. Mas espero possamos transformar a ilusão em sonhos reais e possamos nos fortalecer para acabarmos com  a destruição do Planeta e do Ser Humano e, assim, plantarmos sementes de amor e paz.


Quais são seus projetos para este final de ano?

R - Lançar Sonho Ilusório em várias cidades e plantar sementes de amor e poesia em tudo quanto é canto. “Ilusão. Só pode ser ilusão.“ Ilusão? Não.  Juntos poderemos transformar a ilusão em sonhos reais.

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