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Atores salvam "Viver a Vida" de fiasco

14 mai 2010 às 14:35

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Não fosse pelo excepcional desempenho de alguns atores, Viver a Vida teria feito ainda mais feio no horário nobre. Exemplos como o vídeo postado abaixo foram raros na novela. Lembro do primeiro encontro entre Helena e Teresa e... só. Os demais diálogos ficaram aquém do potencial do melhor novelista, na minha opinião, da Rede Globo. A trama também careceu de uma boa vilã. Dora foi um breve ensaio, caiu no gosto popular e não infernizou a vida da heroína como prometido. A irmã rejeitada de Adriana Birolli, a Isabel, fez a trama se movimentar um pouco. Porém, nada superior ao que o autor já mostrara em outros enredos.


Um grande ponto alto de Viver a Vida foi a aposta em nomes desconhecidos. Confesso estar um pouco cansado de ver sempre os mesmos rostos, novela após novela. Bruno Gagliasso, para ficar só com um exemplo, não fica mais que seis, oito meses fora do ar. Bárbara Paz, a paranaense Adriana, Paloma, Cris Nicolotti, Marcelo Airoldi e o argentino Mario José Paz se destacaram na representação do cotidiano do Leblon, a Gleba Palhano do Rio de Janeiro.

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Para mim, quem roubou a cena do princípio ao fim foi Mateus Solano, com os gêmeos Jorge e Miguel. Sem cair no estereótipo do vilão e do bom moço, deu nuances que identificavam claramente os dois personagens.

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Alinne Moraes amadureceu muito como atriz e compôs uma bela tetraplégica. Será sempre lembrada por este papel.

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Lília Cabral dispensa comentários. Assim como Fernanda Montenegro, transforma qualquer papel em destaque.


Natália do Valle recebeu um presente e deixou-o ainda melhor ao oferecê-lo ao público. Nunca uma mãe foi tão amorosamente odiada quanto Ingrid.

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Giovana Antonelli deu dignidade a uma oportunista e seduziu o público, assim como Bárbara Paz e a alcoólatra Renata.


Letícia Spiler, ufa, finalmente num papel de mulher comum, sem cacoetes e trejeitos que beiram a imbecilidade.


A sempre excelente Maria Luisa Mendonça deve ter jogado pedra na cruz por ganhar um personagem tão insosso e sem propósito como Alice. Ainda assim, segurou a onda.

Não observei nenhuma interpretação tosca, digna do troféu Ricardo Cigano Igor Machi. Na média, o elenco incorporou bem o dia a dia carioca. O que faltou mesmo foi mais drama, mais conflito, mais textos inspirados. Confesso que não sentirei muita saudade.


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