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Manoel Carlos sabe criar mulheres insuportáveis

13 abr 2010 às 11:58

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O que seriam dos psicanalistas e psicólogos se não fossem as mães? Sou capaz de afirmar que provavelmente o mercado de trabalho seria reduzido consideravelmente. Faço este preâmbulo por conta dos personagens femininos de Viver a Vida, especialmente as que são mães. E, ainda, lembro um amigo meu, o Carlos, que sempre diz que Manoel Carlos é o maior especialista em criar personagens femininos que ninguém consegue suportar.


A iniciativa deste post foi por conta das cenas do capítulo de ontem entre Ingrid e Miguel. Natália do Valle simplesmente dá um show nas cenas em que aparece. Porém, é hoje, de longe, a mulher mais difícil da trama. Superprotetora, obsessiva, manipuladora, chantagista. Não faltam adjetivos negativos àquela que, sob a desculpa de "apenas" querer a felicidade dos filhos, não medir esforços, palavras e ações para desqualificar qualquer mulher que se aproxime dos rebentos, dois marmanjos beirando os 30 anos que ainda vivem sob as asas da matriarca, embora tenham condições financeiras de viver longe dali.

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Além de cruel e preconceituosa, Ingrid é o espelho exato das mães narcisistas que entendem que só elas são capazes de alegrar e realizar a vida dos filhos. Muitas vezes deixam de viver em função da prole. Isso não é nada bom. Revela o pior do ser humano: a incapacidade de enxergar o outro. E principalmente respeitá-lo.

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No capítulo de ontem, outra mãe insuportável, Tereza, tomou as dores da filha paraplégica. Prevê um grande embate, talvez ainda esta semana, entre as duas melhores atrizes do elenco. A aguardar e torcer para que mães assim só existam na teledramaturgia. Eu também acredito em Papai Noel.


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