No intervalo do Jornal Nacional de hoje, eu vi, mas não acreditei. Para divulgar uma promoção de venda de carros, a empresa colocou no ar um comercial, que termina com um bebê vomitando na pessoa. Isso mesmo. Você não leu errado não.
Eu tinha acabado de jantar e achei o comercial tão "apropriado", que até esqueci, infelizmente, o nome da montadora.
Depois fiquei imaginando uma grande reunião do departamento de marketing e comunicação da empresa. Todos numa sala para receber a proposta da agência de publicidade. O diretor de criação começa a falar e explica como será o comercial: a gente simula um homem de olhos vidrados, sentado numa fileira tripla de avião. O avião passa por uma turbulência, tudo chacoalha, mas ele não se move, continua com os olhos fixos num ponto. Um bebê vomita no ombro dele. A câmera se move e mostra que ele está hipnotizado pela promoção.
Daí, a pessoa que de fato manda na empresa, bate a mão na mesa e diz: sensacional, maravilhoso, espetacular. Era justamente isso que a gente tinha pensado. Agora sim, com este vômito do bebê, mais o olho fixo do homem na promoção, nós vamos, finalmente, valorizar a nossa marca no mercado e vender como água no deserto.
Adoraria estar nessa reunião. Sério.