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O dia em que encontrei Malu Mader

15 mar 2010 às 10:11

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Sempre dizia para meus alunos que jornalista não pode pagar pau para artistas. Que esse lance de tirar fotos, pegar autógrafo era coisa para gente comum. Mas também ciente que isso poderia ser impossível de ser cumprido à risca, brincava que cada um deles poderia escolher dois ídolos para ter esse "direito" saciado. Com esta cota, uma eu já cumprira ao ver Fernanda Montenegro encenar Dona Doida no Cine Teatro Ouro Verde. Logo após a apresentação, fomos ao camarim, eu e o Luciano Pascoal, e lá peguei autógrafo, abracei, beijei e tiramos uma foto. Bom... outro mico assim, só pagaria ao ver Malu Mader.


Malu é a musa da minha geração. Achei-a linda já na estréia de Eu Prometo, a última trama escrita antes do falecimento de Janete Clair. Logo depois ela esteve em Corpo a Corpo, de Gilberto Braga, para ganhar o Brasil como a delicada Lurdinha de Anos Dourados, uma das excelentes produções da Rede Globo na década de 80. E naquele ano de 1986, cheguei a organizar um movimento no Colégio Estadual Souza Naves, em Rolândia, para que fôssemos liberados da aula e pudéssemos assistir aos conflitos da minissérie de Gilberto Braga.

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Pois bem. Ontem, estávamos almoçando num restaurante em Curitiba quando, de repente, surge um casal conhecido. Uma olhada rápida, duas olhadas e eram eles: Tony Belotto e Malu Mader, ali, a menos de cinco metros de mim. Os Titãs fizeram show no Teatro Guaíra no sábado. Eu mal podia acreditar. Ela linda, com uma calça jeans básica , camiseta branca e uma blusa leve por cima. Entraram discretamente, sentaram, levantaram e foram ao banheiro. Pensei comigo: é agora. Ato contínuo, deixei pra lá. Não ia ser nada simpático abordar a minha musa ali, no hall do banheiro de um restaurante.

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O ruim da gente ter 39 anos é o pudor natural para uma situação como essa. Resultado: não tive coragem de interromper o casal durante a refeição. E assim adiei o sonho de dizer à Malu Mader que ela é simplesmente excepcional. Escrevendo este post, talvez seja um meio de chegar até ela. Talvez digitando o próprio nome no Google, sei lá, de repente ela visita minha página aqui no Bonde. Sonhar não custa nada, certo? Talvez não seja à toa que ouço Susan Boyle cantar I dreamed a dream, enquanto escrevo este texto.


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