A cúpula global está em festa. É que desde que Regina Casé passou a comandar o Esquenta, a emissora ficou muito mais competitiva aos domingos. Numa época fadada a reprises, a iniciativa trouxe um pouco de frescor à programação, além de satisfazer também os "famigerados" formadores de opinião.
E no quesito escolha dos participantes, Regina é muito mais democrática que todos os demais apresentadores juntos. Ela também apela para as gostosonas de plantão, essas mulheres que são sinônimo de vulgaridade e "periguetismo", mas a diferença é que foge um pouco do padrão típico de beleza.
Mesmo sendo de classe média, a agora apresentadora sempre teve um pé na periferia. Além de encarnar um tipo muito popular, ela comanda uma eficiente equipe de produção, que sempre descobre personagens bem interessantes. Brasil Legal, certamente está na memória de muitos, como um dos melhores programas da televisão aberta.
Neste Esquenta, ela tenta fazer uma roda de samba, um bate-papo informal com gente que nem sempre está sob os holofotes. Tira o pessoal dos guetos e coloca-os dentro das salas brasileiras. Embora eu não goste de funk e pagode, não posso negar que é um avanço. E, além disso, resgata figuras ilustres da nossa música, como Dona Ivone Lara e Alcione, hoje quase caídas no esquecimento.
A televisão merece esta boa alternativa aos domingos.