Encerrado o primeiro turno das eleições, pode-se concluir que a televisão pode até ser uma grande aliada para os candidatos a presidente, governador e senador. Quando o assunto é o legislativo, a conversa é bem diferente.
No horário eleitoral, cuja audiência cai consideravelmente, os postulantes mal conseguem dizer uma frase e o número de registro. Já as inserções durante a programação pouco fazem.
O que mais me surpreendeu foi a baixíssima, quase nula, repercussão da série Diários Secretos, exibida recentemente pela RPC. Creio que a emissora deve ter transmitido praticamente durante mais de um mês, reportagens reveladoras de muitos e muitos desmandos na Assembleia Legislativa. Todos, literalmente, todos os acusados conseguiram se reeleger.
Até que ponto, de fato, a televisão é o quarto poder? Ou será que o eleitor médio tudo perdoa por imaginar que, uma vez no poder, ele faria exatamente a mesma coisa?