No dia 21 de abril é comemorado tradicionalmente no Brasil o feriado de Tiradentes. Realmente, o cara foi boa praça. Joaquim José da Silva Xavier fez de tudo enquanto viveu. Ele foi dentista, minerador, tropeiro, comerciante, militar, e ativista político que operou no Brasil colonial, nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional. Porém, no dia 21 de maio de 1972, após o discurso do Frei José Maria do Desterro e a reza do "Credo", Tiradentes foi enforcado. E hoje faz 218 anos que o "barbudo" morreu em defesa da independência do Brasil.
O que os livros de história não conta
Tiradentes tem alguma coisa a ver com carros e velocidade? Aqui em Londrina homenagearam ele usando o seu nome para batizar uma das mais movimentadas avenidas da cidade. Mas não é só isso que envolve o "seo Joaquim" com automobilismo. No dia de sua morte, mas bem mais pra frente, no ano de 1985, na terra dos nossos colonizadores, os portugueses, outro brasileiro entrara para a história e começara a se imortalizar como um dos maiores esportistas mundiais. O garoto Ayrton Senna da Silva brilhou no circuito de Estoril e teve o seu talento recompensado com a primeira vitória na Fórmula 1, pilotando o carro da Lotus. Cintilava ali, em terras peregrinas o mito que ganhara 41 GPs.
O Grid de largada composto por Alain Prost, Keke Rosberg, Elio de Angelis, Michele Alboreto e Derek Warwick não era moleza. Mas Senna fez a pole-position durante os treinos classificatórios que foram realizados em boas condições climáticas. No dia da corrida, o mundo acabou em água. A previsão era de muita chuva durante a corrida. O brasileiro largou na ponta e liderou a prova do início ao fim. Enquanto todos os outros pilotos rodavam, Senna conseguiu manter o volume até o término. O italiano Alboreto terminou com 1min.02.978s atrás de Senna. Mansell, o quinto colocado, levou duas voltas do vencedor do GP, o que mostra o quão grande foi o seu desempenho.