Respira Mamãe

Saiba como identificar um distúrbio de aprendizagem infantil

28 out 2022 às 17:30

Oiê, hoje estou passando aqui para fazer um alerta para vocês sobre algo que muitas vezes pode até passar despercebido pela maioria dos pais. No mês passado fui assistir uma palestra na escola onde meu filho estuda e conheci a Neuropsicopedagoga Edy Simone Del Grossi e seu trabalho fantástico nas escolas e em sua Clínica Aprender.


Passando alguns dias, fui até a Clínica Aprender conhecer um pouco mais do seu trabalho, onde eles estudam e desenvolvem as habilidades cognitivas das crianças que tem alguma dificuldade em apreender, na leitura, na escrita, reter informação, dificuldade de concentração entre outras.

Durante nossa conversa, o que me chamou a atenção foi quando a Edy comentou sobre alguns possíveis sintomas apresentados sobre Dislexia e rapidamente comecei a identificar algumas situações em comum com meu filho, então eu te pergunto:

Você conhece alguém com Dislexia?

É provável que sim, pois a Dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica e é mais fácil de ser identificada através das dificuldades da leitura e escrita durante a fase inicial de alfabetização. 


Alguns outros sintomas são desatenção, fraco desenvolvimento de coordenação motora, confusão entre direita e esquerda, desorganização geral, atrasos nas entregas, perda de pertences, entre outros.


De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), o distúrbio está presente entre 5% e 17% da população mundial, o que torna a Dislexia o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas são disléxicas, mas nem todas são devidamente diagnosticadas. 


E o problema do diagnóstico tardio, ou até mesmo a falta dele, está nas dificuldades que uma pessoa com dislexia precisa enfrentar na vida adulta para fazer tarefas do dia a dia, como compreender um texto, soletrar uma palavra ou fazer uma prova.

Crianças e adultos que tem Dislexia, mas não foram diagnosticados, podem ser rotulados como preguiçosos, desatentos ou até mesmo deficientes intelectuais, sendo que muitos, na verdade, possuem inteligência acima da média. Eles apenas aprendem de forma diferente, mas muitas vezes, as escolas, pais e sociedade não estão aptos para lidar com um “jeito diferente de aprender”.


E assim como qualquer distúrbio de aprendizagem, quanto mais cedo for identificado, melhor será a alfabetização e para isso, o ideal é que a dislexia seja diagnosticada entre os 6 e 7 anos de idade, mas o diagnóstico tardio, entre os 8 e 9 anos, é bem comum no Brasil. 


Há também aqueles que passam pela vida escolar sem receber nenhum diagnóstico e descobrem apenas no início da vida adulta ou até anos mais tarde. Isso acontece porque ainda caminhamos bem devagar na capacitação dos professores e escolas, nas ferramentas de ensino e métodos de aprendizado.

Mas, e como começar a contornar isso?

Acredito que através da conscientização, pois desde 2018, Londrina possui a Semana da Conscientização sobre a Dislexia, que é realizada anualmente, na semana do dia 16 de novembro, o Dia Nacional de Atenção à Dislexia. 


De autoria do vereador Amauri Cardoso, foi sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati em 17 de julho de 2018. No mesmo ano foi criada a Associação Londrinense de Dislexia, pela Neuropsicopedagoga Edy Simone Del Grossi, da Clínica Aprender, com o intuito de capacitar professores, pais e sociedade sobre o que é a Dislexia, como identificar o transtorno e, acima de tudo, como conviver com ela.  


Desde o primeiro ano, diversos eventos e encontros foram promovidos entre profissionais da saúde, professores, pais e pessoas com Dislexia. São palestras de capacitação em faculdades, escolas públicas e privadas. No ano passado, durante a semana da Dislexia, promovemos a 1ª roda de conversa na Clínica Aprender


O homem com mais idade da roda, com 56 anos, contando como foi crescer sem saber que tinha Dislexia e as dificuldades que enfrentou, até uma criança de 11 anos compartilhando como é sua vida escolar e as dificuldades de lidar com isso hoje em dia. 


Enquanto isso, os pais presentes conversavam entre si sobre os desafios da criação e convivência, professores e profissionais da saúde e educação trocavam histórias e recursos. Todos saíram de lá com a convicção de ter aprendido um pouco mais sobre o que é a Dislexia e como conviver com ela nos dias de hoje.


Se você identificou algo aqui em comum com seu filho, Filha ou até mesmo em você, venha saber mais nos eventos que acontecerão da 4ª Semana de conscientização à Dislexia e também acompanhe o Instagram da Clínica Aprender @clinica.aprender.


Bom, no máis você já sabe né, lá no meu Instagram @respira.mamae você pode me escrever, deixar seu comentário, pergunta ou sugestão que terei o maior prazer em te ouvir. Beijos e até a próxima matéria.

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