Champagne
A Lenda conta que em Hautvillers (cidadezinha próxima a Épernay), um monge beneditino, chamado Dom Perrignon, descobriu a segunda fermentação na garrafa. No desafio de fechar as garrafas do vinho, deixou de usar gravetos de cânhamo com estopa embebida no azeite de oliva (como se fazia na época), para inovar o método. Ele então utilizou cera de abelha, assegurando o fechamento das garrafas.O monge deixou as garrafas fechadas e as guardou. Depois de alguns dias, percebeu que a maioria tinha estourado, causando uma enorme frustração. Mas ele não desistiu, e tentou compreender o que tinha acontecido. Após inúmeras experiências, constatou que o açúcar na cera de abelha havia provocado a segunda fermentação do mesmo vinho.
Tentou inovar mais uma vez, fechando a garrafa, de estrutura mais forte, com cortiça e um arame para se assegurar que a rolha não escaparia. Adicionou um pouco de licor ao vinho. Alguns dias depois, percebeu que sua invenção, embora rústica no primeiro momento, produziu alta pressão na segunda fermentação e uma generosa efervescência ao colocar no copo. Surge o "champagne", a tão aclamada rainha das borbulhas.
Sua menção foi: "Venez mes frères, vite, je bois des étoiles"! Traduzindo: "Venham meus irmãos, vejam, estou bebendo as estrelas"! A frase se imortalizou, sendo cultuada até hoje.
Em uma das mais célebres homenagens, observa-se a estátua de Dom Perrignon na frente de Moët & Chandon (pertencente ao grupo LVMH e uma das grandes produtoras da região de Champagne), situada numa avenida repleta das mais célebres e renomadas "maisons" daquela emblemática bebida, em Épernay.
De volta à Raims, em uma outra ocasião para visita técnica em Veuve Clicquot de Ponsardin, junto a um grupo, tive a oportunidade de me "perder" em um de seus túneis subterrâneos, tamanha extensão (quilômetros). Só mesmo com um GPS, ou bússola em mãos, para poder se orientar naquele labirinto.
Há muita coisa e assuntos para comentar sobre aquela tão prestigiada região, suficientes para escrever livros, mas sem chance de comparação com qualquer outra. Vale uma visita "in loco" para perceber o trabalho que se dispõem esses artistas, ou melhor, artesãos engajados neste mundo tão belo das borbulhas.
Destaco alguns dos produtores, que são ícones da região, e digo que são verdadeiros gênios, como Eugéne Salon, Charles Phillipponat e Jaques Sellosse. Eles e seus descendentes, representando gerações dedicadas ao trabalho tão sublime, são alguns dos mais renomados, se não os mais icônicos, produtores.
Esses "vignerons" ícones iniciaram um trabalho diferenciado, ao meu ver. São artistas verdadeiros, dedicados a uma quase escravidão, em busca da perfeição; artesãos que fazem jus à fama tão prestigiosa da região.
Nos próximas posts, farei um breve relato do trabalho realizado por esses cavalheiros, que são responsáveis pela grande reputação daquela que se intitula majestade imperial das borbulhas.
A Lenda conta que em Hautvillers (cidadezinha próxima a Épernay), um monge beneditino, chamado Dom Perrignon, descobriu a segunda fermentação na garrafa. No desafio de fechar as garrafas do vinho, deixou de usar gravetos de cânhamo com estopa embebida no azeite de oliva (como se fazia na época), para inovar o método. Ele então utilizou cera de abelha, assegurando o fechamento das garrafas.O monge deixou as garrafas fechadas e as guardou. Depois de alguns dias, percebeu que a maioria tinha estourado, causando uma enorme frustração. Mas ele não desistiu, e tentou compreender o que tinha acontecido. Após inúmeras experiências, constatou que o açúcar na cera de abelha havia provocado a segunda fermentação do mesmo vinho.
Tentou inovar mais uma vez, fechando a garrafa, de estrutura mais forte, com cortiça e um arame para se assegurar que a rolha não escaparia. Adicionou um pouco de licor ao vinho. Alguns dias depois, percebeu que sua invenção, embora rústica no primeiro momento, produziu alta pressão na segunda fermentação e uma generosa efervescência ao colocar no copo. Surge o "champagne", a tão aclamada rainha das borbulhas.
Sua menção foi: "Venez mes frères, vite, je bois des étoiles"! Traduzindo: "Venham meus irmãos, vejam, estou bebendo as estrelas"! A frase se imortalizou, sendo cultuada até hoje.
Em uma das mais célebres homenagens, observa-se a estátua de Dom Perrignon na frente de Moët & Chandon (pertencente ao grupo LVMH e uma das grandes produtoras da região de Champagne), situada numa avenida repleta das mais célebres e renomadas "maisons" daquela emblemática bebida, em Épernay.
De volta à Raims, em uma outra ocasião para visita técnica em Veuve Clicquot de Ponsardin, junto a um grupo, tive a oportunidade de me "perder" em um de seus túneis subterrâneos, tamanha extensão (quilômetros). Só mesmo com um GPS, ou bússola em mãos, para poder se orientar naquele labirinto.
Há muita coisa e assuntos para comentar sobre aquela tão prestigiada região, suficientes para escrever livros, mas sem chance de comparação com qualquer outra. Vale uma visita "in loco" para perceber o trabalho que se dispõem esses artistas, ou melhor, artesãos engajados neste mundo tão belo das borbulhas.
Destaco alguns dos produtores, que são ícones da região, e digo que são verdadeiros gênios, como Eugéne Salon, Charles Phillipponat e Jaques Sellosse. Eles e seus descendentes, representando gerações dedicadas ao trabalho tão sublime, são alguns dos mais renomados, se não os mais icônicos, produtores.
Esses "vignerons" ícones iniciaram um trabalho diferenciado, ao meu ver. São artistas verdadeiros, dedicados a uma quase escravidão, em busca da perfeição; artesãos que fazem jus à fama tão prestigiosa da região.
Nos próximas posts, farei um breve relato do trabalho realizado por esses cavalheiros, que são responsáveis pela grande reputação daquela que se intitula majestade imperial das borbulhas.