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Falando em Varietais (Novo Mundo)

04 ago 2016 às 19:11
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Falando em Varietais (novo mundo)
Alguns dizem "varietal" mas podem ser chamados "cepa", ou ainda "casta". Quando um vinho é produzido por uma só uva ou, de uma só uva em alto percentual (75, 80 % ou mais) é chamado de varietal. Mas se o vinho for feito com diversos varietais, é chamado de "assemblage" ou "corte".
as cepas utilizadas hoje nas principais regiões vitivinícolas dos países do novo mundo, entre eles Estados Unidos, Chile, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e outros, são de origem europeia. Graças ao intenso e árduo trabalho ao longo do tempo, dos produtores e pesquisadores, cada varietal tem se adaptado de forma diferente em suas regiões, nos "terroirs" diversos do novo mundo.
Obviamente, o velho mundo (Europa) fundamentou a diversidade das cepas através da história, e na pesquisa e desenvolvimento. vale mencionar que o novo mundo também produz belíssimos vinhos, muitos reconhecidos mundialmente. Nos Estados Unidos a Califórnia foi uma das primeiras regiões a plantar uvas viníferas (entre as quais a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay se destacaram) e produzir vinhos de qualidade.
Hoje o Oregon possui vinhos do varietal Pinot Noir de excelência, comparados aos grandes vinhos da Borgonha
Mas o varietal símbolo dos Estados Unidos é a Zinfandel.
Reconhecida como "californiana", recentes estudos de ampelografia descobriram sua origem italiana pela semelhança com a Primitivo. Os pesquisadores da universidade da Califórnia em Davis trabalharam no DNA da cepa concluíram que a Primitivo e a Zinfandel são clones de um mesmo varietal, e seu local de origem possibilitou a descoberta derivada de mutação da Croata Crljenak Kastelanski
O Chile também tem uma história notável em vitivinicultura, desde os colonizadores espanhóis que vieram e difundiram a cultura desde o século XVI. Os varietais tintos Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, e nos brancos: Chardonnay , Sauvignon blanc, Chenin blanc, são exemplos de cepas produzindo grandes vinhos no país .
No entanto, a uva descoberta no Chile foi a Carmenere, nos vinhedos de Merlot, alguns produtores observaram diferenças entre uma e outra vinha, quando pesquisadores se interessaram e separaram seus clones, após análises genéticas descobriram que se tratava da Carmenére, misturadas as vinhas Merlot. (âmbas de origem francesa)

A indústria, com foco no mercado internacional (mercado interno de baixo consumo) produz em sua maioria vinhos de varietais internacionais em alto volume e alguns de alta qualidade. Mas, na realidade a vinha ícone do Chile é a "País", que ressurgiu recentemente, a cepa é antiga, (de origem espanhola) foi quase extinta. Em um trabalho recente, alguns produtores reiniciaram sua produção, na busca da originalidade e potencial que o varietal possui.
Torrontés Salta Argentina
Torrontés Salta Argentina

A Argentina tem uma história um pouco diferente, sempre teve um mercado interno de alto consumo, mas há pouco mais de 20 anos iniciou uma revolução, hoje com foco no mercado internacional, produz grandes vinhos dos varietais internacionais. As cepas ícones são: a Malbec (tinta) e a Torrontés (branca).
A Oceania é um continente que revelou grandes vinhos, também de varietais europeus. A Austrália produz grandes vinhos de inúmeras variedades francesas, mas o grande ícone é a Syrah, onde a chamam de Shiraz.
A Nova Zelândia não fica atrás, com alguns dos melhores Sauvignon Blanc do mundo.
Sauvignon Blanc Marlborough Nova Zelandia
Sauvignon Blanc Marlborough Nova Zelandia

Já a África do Sul produz vinhos de excelência, também focada nos varietais internacionais, tem uma base forte nas cepas francesas entre elas as do vale do Rhone (Syrah, Mouvedre Grenache, Cinsault ) . Mas a uva ícone é a Pinotage (cruzamento da Cinsault com a Pinot Noir).
Pinotage Africa do Sul
Pinotage Africa do Sul
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