A bolsa paulista oscilava sem uma tendência clara nesta terça-feira, que fecha um mês de perdas expressivas nos mercados acionários em todo o mundo, em razão dos efeitos e dúvidas decorrentes da pandemia do Covid-19.
Às 12:20, o Ibovespa subia 0,61%, a 75.095,62 pontos. O volume financeiro era de 6,9 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa subiu 1,65%, a 74.639,48 pontos, mas ainda acumulava em março perda de cerca de 28%, que se mantida representará o pior desempenho mensal desde 1998.
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Tal performance faz o resultado no acumulado do ano ser negativo em cerca de 35%, o que marca a maior queda trimestral desde pelo menos 1994.
"Esse 'bear market' tem sido incomum, não por causa da escala do declínio, mas por causa da velocidade e da volatilidade", avaliaram Peter Oppenheimer e equipe, do Goldman Sachs em relatório a clientes.
Mesmo após uma bateria de medidas globais de estímulos econômicos e notícias melhores sobre desenvolvimento de vacinas e testes, março e o primeiro trimestre também terminam com uma série de incertezas, principalmente sobre os efeitos econômicos.
Conforme o ritmo de contágio não mostra sinais de alívio e medidas de confinamento vêm sendo prorrogadas, continua incerto o efeito final na atividade mundial, bem como o momento da recuperação das economias.
Nesse cenário, a aposta de manutenção da volatilidade em níveis elevados é consenso entre agentes financeiros.
Para o analista Jasper Lawer, chefe de pesquisa no London Capital Group, o primeiro trimestre está quase acabando e há um monte de medidas de alívio no mundo. "Um mês novo pode oferecer alguma perspectiva nova, e talvez uma mais construtiva."
Nos EUA, o S&P 500 <.SPX> tinha oscilação negativa de 0,04%.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN avançava 7,7%, oferecendo algum suporte, em meio à recuperação dos preços do petróleo no exterior. PETROBRAS ON subia 8,7%.
- VALE ON valorizava-se 6,2%, tendo ainda de pano de fundo relatório do Goldman Sachs elevando a recomendação dos ADRs das ações da mineradora para 'compra', enquanto o preço-alvo para 11 dólares, de 11,4 dólares antes.
- ITAÚ UNIBANCO PN caía 2,1% e BRADESCO PN recuava 1,8%, pesando do lado negativo. BANCO DO BRASIL ON cedia 0,2%.
- COGNA ON desabava 11,1%, após resultado trimestral. No setor, YDUQS perdia 6,7%.
- CVC BRASIL ON perdia 5%. A operadora de turismo afirmou que não divulgará suas demonstrações financeiras de 2019 no prazo regulamentar, citando efeito do Covid-19 no trabalho das equipes e auditores.