A Praça Santo Antonio, no centro de Cambé (13 quilômetros a Oeste de Londrina), foi invadida por centenas de alunos e professores na tarde de ontem, que com suas camisetas coloridas misturavam-se a artistas andando em pernas de pau, palhaços e bonecos gigantes. Tudo em meio ao barulho das fanfarras e do carro de som. Foi a abertura da terceira etapa do Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera), que acontece até a próxima sexta-feira no município.
Cerca de 5 mil estudantes e professores da rede pública - dos Núcleos Regionais de Educação (NREs) de Londrina, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Ivaiporã, Apucarana, Wenceslau Braz, Ibaiti e Telêmaco Borba - estão participando das várias atividades pedagógicas, artísticas e culturais que acontecem em duas escolas e vários outros espaços públicos do município.
Ao todo serão realizadas 43 oficinas, onde o principal instrumento é a linguagem artística. ''O Festival funciona como um resgate da cidadania e do respeito à cultura das várias regiões do Paraná. É o retempero da saúde da alma paranaense'', define o diretor de Lazer da Paraná Esporte, Cláudio Ribeiro.
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A primeira e a segunda etapa da edição 2007 do projeto, que é promovido pela Secretaria Estadual de Educação, aconteceram, respectivamente, em Ponta Grossa e Medianeira. ''O tema deste ano é 'Raízes e Tendências Paranaenses' e em cada uma das regiões é trabalhada uma nação indígena, como os Xoklen em Ponta Grossa, Guarani em Medianeirea e Kaingangue em Cambé'', explica Ribeiro.
Os alunos e professores que vieram dos outros municípios estão alojados nas escolas da cidade. Este envolvimento entre todos é um dos aspectos ressaltados pela coordenadora da equipe pedagógica do NRE de Londrina, Isabel Felix. ''Considero importantíssimo este evento porque mobiliza um grande número de estudantes, que podem participar de oficinas maravilhosas. Esta união e troca de experiências entre todos é algo muito bom.''
Só de Londrina, segundo a chefe do NRE, Marcia Lopes de Souza, participam 800 alunos - das redes estadual e municipal - e 420 professores. ''É o resgate da memória cultural do Estado, e é importantíssima esta convivência, além de toda a produção que resultará deste festival'', elogia Marcia.
De acordo com a coordenadora geral do Fera, Rose Lobo, o grande foco do evento é a ''formação cultural da nossa gente''. Para isso serão realizadas oficinas de teatro, música, dança, artes plásticas e circo, além das apresentações nos placos do festival. ''É um trabalho que começa nas escolas e culmina com os encontros regionais.''
Depois da concentração na Praça Santo Antonio, os alunos, professores e artistas participantes do festival seguiram em desfile até o Colégio Estadual Érico Veríssimo, onde no início da noite aconteceu a solenidade de abertura.
Folha de Londrina