O secretário municipal de Saúde, Agajan Der Bedrossian, convocou entrevista coletiva para a manhã desta sexta-feira (24) para falar sobre o atendimento a uma gestante que sofreu aborto espontâneo na última terça-feira (21) em Londrina. "Conforme investigação que fizemos através de sindicância, o procedimento foi totalmente normal", disse aos jornalistas.
A família de Angélica Ferreira da Silva, 22 anos, que estava grávida de seis meses, atribuiu o problema à demora do Samu para ir até a casa da paciente, no no Jardim Nova Olinda, na região oeste, e a erro médico no Pronto Atendimento Municipal (Pam), na noite do último sábado.
Segundo a família, ela chamou o Samu, mas a ambulância teria demorado quatro horas para ir ao bairro. Sem auxílio médico, Angélica teve intensa contração, sofreu hemorragia e aborto. Quando a ambulância chegou, Angélica era amparada por vizinhos e parentes.
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A moça não sabia que esperava um bebê. No sábado, ela procurou o PAM com dores abdominais e, segundo a família, o diagnóstico teria sido gastrite. O médico não teria falado em gravidez.
Porém, segundo Agajan, Angélica deixou a unidade antes de saber o resultado do exame. "O médico que a atendeu suspeitou de gravidez e solicitou um exame. A coleta do material foi feita, mas a paciente não permaneceu na unidade para receber o resultado", disse Agajan. "O atendimento no Pam foi normal, perfeito e feito no tempo hábil. A paciente estava queixosa, em razão das dores, havia sofrimento na paciente, mas ela não esperou pelo resultado do exame".
Quanto à demora na ida da ambulância até a casa de Angélica, o secretário disse que o tempo para o atendimento foi de 61 minutos, a partir da segunda ligação que solicitava por socorro. "Na primeira ligação, a pessoa não soube dizer o que estava acontecendo", afirmou, sem dizer quanto tempo se passou entre o primeiro e o segundo telefonema.