Talvez o lado mais triste do surto de toxoplasmose registrado em Santa Isabel do Ivaí (92 km a oeste de Paranavaí), em dezembro do ano passado, seja a consequência para as crianças. O caso mais grave é do bebê G.G.M., de apenas 58 dias de vida, passados integralmente em leitos de hospitais. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Universitário de Londrina há 49 dias e corre risco de vida.
Outros cinco recém-nascidos estão sendo tratados pelo ambulatório de moléstias infectocontagiosas do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O surto de toxoplasmose em Santa Isabel é considerado o maior do mundo, com pelo menos 450 pessoas contaminadas.
A avó do bebê, Maritania Alves de Arruda Maia, 40 anos, contou que ele adquiriu a doença ainda no ventre da mãe, Daiane Gomes, de apenas 20 anos. Ela descobriu que estava infectada com o protozoário causador da doença somente no sexto mês de gestação. De acordo com Maritania, a nora adquiriu a doença tomando a água contaminada do reservatório do município e chegou a fazer tratamento, mas o bebê já tinha sido infectado.
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