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MP vai analisar

Boca Aberta pode ser investigado por suposta falsidade em atestados odontológicos

Rafael Machado - Redação Bonde
29 mai 2017 às 17:34

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- Reprodução/CML
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O juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, determinou que a promotora de Inquéritos Policiais, Cláudia Rodrigues Piovezan, tome "as providências necessárias" sobre os documentos apresentados pelo advogado João Augusto Sinhorin, defensor da ex-vereador Elza Correia, em um processo movido contra o vereador Boca Aberta (PR) por calúnia. Para a defesa, há "indícios de falsidade" nos atestados médicos repassados à Justiça para justificar faltas em 11 audiências criminais.

Os processos correm em Londrina, Cambé e Assaí e envolvem denúncias de possíveis difamações, injurias e calúnias contra agentes públicos. Sinhorin pediu que o juiz Roldão coletasse explicações de um dos dentistas que assinaram os atestados. A solicitação foi negada pelo magistrado sob o argumento de "violação ao direito à intimidade" de Boca Aberta. As audiências foram marcadas entre outubro de 2014 e abril de 2017, mas o "estopim" que originou o levantamento feito pelo advogado de Elza ocorreu no dia 18 do mês passado.

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Na ocasião, o parlamentar, mais uma vez, justificou que tinha uma consulta odontológica marcada no dia da audiência do processo onde figura como réu por possível calúnia praticada contra a ex-vereadora. Sinhorin, em petição encaminhada à 5ª Vara Criminal, julgou a ausência de Boca Aberta como "coincidência", já que a instrução estaria marcada com antecedência de quase quatro meses.

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A promotora Cláudia Piovezan confirmou que recebeu o despacho do juiz Roldão, mas que "pelos diversos processos que precisa analisar", ainda não haveria data para dar prosseguimento ao pedido de investigação contra Boca Aberta, muito menos quais medidas serão tomadas. Procurado pela reportagem, o vereador disse que "é vitima de uma perseguição comandada por Elza e seu advogado. Quem é ela na ordem do dia?", disparou.


Segundo Boca Aberta, o tratamento dentário "é feito há bastante tempo e coincidentemente as consultas caíram nos mesmos dias das audiências". A respeitos dos indícios de que os atestados seriam falsos, o vereador disse que "quem vai avaliar isso é a própria Justiça". Ele alegou que um dos dentistas, após ser notificado pelo Juizado Especial Criminal, "mandou todos os exames, inclusive com detalhes da arcada dentária, comprovando que eu não estou fazendo nada de errado. As dúvidas do juiz foram sanadas".

João Augusto Sinhorin respondeu que, até o momento, "Boca Aberta não apresentou nenhuma defesa plausível" e que "ele sempre se fez de vítima de uma perseguição que não existe".


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