A Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (Caapsml) publicou no Jornal Oficial do Município desta quarta-feira (30) a prestação de contas do órgão referente ao ano passado. A entidade fechou 2012 com déficit de R$ 47.259.455,60.
A Caapsml conseguiu arrecadar R$ 90.995.014,84 com os servidores, mas gastou R$ 138.254.470,44 com aposentadorias e pensões. E pela previsão orçamentária, também publicaca nesta quarta, a entidade só vai conseguir sair do vermelho em 2018. Para que isso aconteça, a Caixa vai precisar emprestar dinheiro da Prefeitura de Londrina. "O aporte é inevitável. Pela previsão, vamos precisar fazer o empréstimo em 2015 ou 2016. Sem ele, não vamos conseguir pagar todos os servidores aposentados ou pensionistas daqui a alguns anos", explicou o superintendente da Caapsml, Denilson Vieira Novaes.
Atualmente, a Caapsml gasta R$ 9 milhões por mês no pagamento de 2.700 beneficiados, entre servidores aposentados ou pensionistas.
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O passivo do órgão, segundo ele, pode chegar a R$ 1 bilhão daqui a 70 anos. "Só vamos conseguir evitar o prejuízo bilionário com o aporte da prefeitura", adiantou. De acordo com Novaes, a dívida vem se acumulando desde 1992, quando a Previdência foi criada no país. "O problema é que o sistema foi implantado sem nenhum tipo de fundo ou aporte. Ou seja, ele já começou deficitário e se tornou uma 'bola de neve' no decorrer dos anos", argumentou.
A situação só não é pior por que a Prefeitura de Londrina criou uma lei, no ano de 2011, que dividiu os servidores em grupos distintos. "Um deles é composto por funcionários do município contratados até dezembro de 2003 e o outro é formado por profissionais que iniciaram a carreira de janeiro de 2004 para frente. O passivo bilionário está relacionado ao primeiro grupo, que só passou a contribuir com a Caapsml em 1992, com a criação da Previdência. O segundo, por outro lado, repassa recurso desde sempre. A verba é encaminhada para um fundo financeiro, que será usado para pagar a aposentadoria destes próprios servidores", explicou.
A atual administração tem a intenção de minimizar o aporte da prefeitura. "Para isso, precisamos tornar a gestão da Caaspml mais eficiente. E dependemos também da contratação de mais servidores, que vão contribuir ainda mais com os cofres do órgão", destacou. Atualmente, o funcionário da prefeitura tem de declarar 11% de sua renda líquida como contribuição para a Caapsml. O poder público, por sua vez, repassa 17% do total.