A Prefeitura de Londrina realiza, desde o início do ano, ações de combate e de controle do mosquito Aedes aegypti. Entre as ações, mutirões de limpeza, mobilização de comunidades por segmentos e medidas educativas como palestras para diversos públicos, de crianças a adultos. A presença do mosquito da dengue vem caindo desde o começo do ano, conforme mostra o Levantamento do Índice Rápido do Aedes (Lira). Em abril o índice foi de 1,1%; em julho, 0,2%; em setembro, 0,1% e em novembro subiu para 0,5%, sendo que alguns bairros registraram 1,4% de presença do mosquito.
A presença do Aedes na cidade mostra que a circulação do vírus da dengue não foi interrompida durante o inverno, quando ocorre, naturalmente, um controle do mosquito transmissor da doença. Três dias consecutivos com temperaturas abaixo de 5ºC são suficientes para eliminar o mosquito e, assim, interromper a circulação do vírus. No entanto, em Londrina, o frio do último inverno não foi suficiente para acabar com o mosquito. Essa situação aponta para a probabilidade de uma epidemia neste verão.
A diretora interina de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Sônia Fernandes, disse que durante o mês de junho normalmente não são registrados casos da dengue e neste ano foram confirmados, 17. Em junho de 2006, foram registrados dois casos; em junho de 2005, um; em junho de 2004, nenhum. Em 2003, quando foi registrada uma epidemia de dengue, em junho daquele ano foram registrados 10 casos.
Leia mais:
Passeios de pedalinho no Igapó 2 podem ser feitos até as 23h em Londrina
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Espetáculo “O Pássaro Azul” encerra programação do Cena em Movimento nesta sexta em Londrina
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Conforme Sônia Fernandes, existem quatro sorotipos do vírus da dengue, que pertence ao gênero flavivírus. Os tipos são den 1, 2, 3 e 4. A febre hemorrágica não é causada por um tipo específico de vírus. Segundo Sônia Fernandes ela ocorre por outros fatores que incluem pré-disposição individual como doenças (diabete, hipertesão) e já ter tido dengue anteriormente. "Uma segunda infecção por dengue aumenta muito a probabilidade de se registrar a versão hemorrágica", disse a diretora.
Outro fator que pode levar ao registro da dengue hemorrágica é a circulação conjunta de mais de um tipo de vírus da dengue. Londrina tem basicamente a circulação do tipo den 3. "Mas o estado de São Paulo tem o tipo den 2. A proximidade com o interior paulista pode levar à introdução do tipo den 2 em Londrina. Isso é realmente preocupante porque daria condições favoráveis ao registro da dengue hemorrágica", disse Sônia Fernandes.
"Brigada contra a dengue" - A Prefeitura de Londrina intensificou o combate e o controle do Aedes aegypti com a campanha "Brigada contra a dengue". A brigada compreende a ampliação de todas as ações, normalmente, desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com outras entidades e instituições, por meio do Comitê Municipal contra a Dengue. A ação vai reforçar também o papel e a responsabilidade da população na eliminação dos focos na própria casa, criando uma rede junto à comunidade. (NC/PML)