O diretor de Trânsito da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson Santos de Jesus, negou que houve agressão, a um ambulante, durante fiscalização realizada por agentes da companhia no centro da cidade na tarde desta sexta-feira (2).
Antônio Monteiro Leite foi encaminhado para a Santa Casa, com um corte na mão direita, depois de se envolver em uma discussão com fiscais da CMTU que queriam apreender as mercadorias dele. O ambulante alegou que foi agredido por guardas municipais, que ajudavam os agentes no procedimento.
No entanto, Wilson de Jesus explicou que o homem só se feriu porque não quis soltar a tela de arame que continha as suas mercadorias. "As pessoas são testemunhas disso. Ele apresentou resistência, para entregar os produtos, e os guardas municipais tiveram que intervir. Durante a confusão, o ambulante não soltou a tela e acabou ferindo a mão", explicou.
Leia mais:
Veja o cardápio do Restaurante Popular de Londrina desta sexta-feira
Veja o funcionamento dos serviços municipais durante o aniversário de Londrina
FEL oferta aulas gratuitas de treinamento funcional em Londrina
Banda Essence se apresenta nesta sexta na Concha Acústica em Londrina
O diretor da CMTU garantiu que a apreensão de mercadorias consideradas ilegais está "prevista na legislação municipal". "Intensificamos a fiscalização no ano passado e, desde então, não paramos mais. A companhia nunca apreendeu tantos produtos."
Ele também ressaltou a importância da parceria que a CMTU tem com a Guarda Municipal e a Polícia Civil. "Temos a proteção dos guardas e, em caso de ambulante autuado por venda de mercadorias sem a nota fiscal, a polícia entra com uma representação contra ele", completou.
Apesar de toda a "repressão", Wilson de Jesus garantiu que a companhia apóia de certa forma, o comércio informal em Londrina. "Temos mais de 200 ambulantes legalizados aqui na CMTU. O que não podemos aceitar é a ilegalidade. Como é que a gente faz para que incidentes, como os de hoje, não aconteçam? Temos que trabalhar para evitar a causa e não a consequência", argumentou.
Secretário também defende guarda
Assim como Wilson de Jesus, o secretário municipal de Defesa Social, Joaquim Antonio de Melo, defendeu o guarda municipal acusado de agredir o ambulante. De acordo com ele, o vendedor resistiu ao ser autuado pelos fiscais, protegendo suas mercadorias contra uma grade. "Ele abraçou os objetos que deveriam ser apreendidos e quando a Guarda tentou intervir ele acabou se ferindo na grade", explicou.
Antônio Monteiro Leite precisou assinar um termo circunstanciado. Outros 15 vendedores foram autuados e tiveram mercadorias apreendidas durante a operação desta tarde. (colaborou Tatiana Ribeiro, da FolhaWeb)